Foi confirmado no Japão um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou doença da ‘vaca louca’, após o resultado positivo de um teste feito na região de Chiba, próxima a Tóquio, segundo informações do Ministério da Agricultura do país.
Este é o primeiro caso da doença da ‘vaca louca’ no Japão, e no continente asiático. Até agora, a doença somente tinha sido registrada no continente europeu, mais precisamente na Europa Ocidental.
Os cientistas acreditam que a EEB é transmitida através de farinha de carne e ossos contaminados, colocados na alimentação dos animais. O consumo da carne de animais infectados com a doença da ‘vaca louca’ pode levar ao desenvolvimento da doença de Creutzfeldt-Jakob (nvCJD) em humanos – enfermidade que já matou cerca de 100 pessoas na Inglaterra.
Em junho, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) informou que a Europa Ocidental, a Ásia e o Oriente Médio eram áreas que apresentavam riscos para a EEB, porque importaram grandes quantidades de farinha de carne e ossos da Europa.
Porém, os oficiais da agricultura do Japão disseram que o risco de o país apresentar um surto de EEB era muito pequeno, uma vez que a maioria dos produtos contendo osso e carne foi usada como fertilizante. Porém, um porta-voz da Comissão Européia em Tóquio disse, em junho, que o governo japonês impediu a publicação de um relatório feito pela comissão, que dizia que, teoricamente, o Japão poderia apresentar um surto da EEB. Usando os dados do governo japonês, os cientistas europeus classificaram o Japão com risco 3 para a doença, em uma escala de 1 a 4. Segundo eles, os Estados Unidos e a Austrália estão no extremo oposto, com risco zero ou nenhum risco de apresentarem surtos de ‘vaca louca’.
Fonte: Reuters, adaptado por Equipe BeefPoint