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JBS: oscilação do dólar proporcionou ganho de R$ 722 mi

A mesma oscilação do dólar que levou a Sadia a registrar perdas de R$ 726 milhões, gerou ganhos para a JBS/Friboi. A companhia, em comunicado aos investidores, reportou resultado positivo de R$ 722 milhões, no terceiro trimestre. Segundo a JBS, esse ganho foi possível graças à política de controle e gestão de riscos financeiros, adotada pela empresa.

A mesma oscilação do dólar que levou a Sadia a registrar perdas de R$ 726 milhões, gerou ganhos para a JBS/Friboi. A companhia, em comunicado aos investidores, reportou resultado positivo de R$ 722 milhões, no terceiro trimestre. Dos quais R$ 422 milhões com a valorização das empresas adquiridas no estrangeiro, como as unidades na Argentina, nos Estados Unidos e na Austrália.

Os outros R$ 300 milhões foram de ganhos de hedge cambial dos recursos disponíveis para as aquisições da National Beef, Smithfield Beef e Five Rivers. As compras foram anunciadas em 4 de março deste ano e ainda aguardam aprovação pelos órgãos Anti-Truste do governo americano. De acordo com a assessoria de comunicação do grupo, não há um valor único de fixação de hedge, que foram feitos em momentos diferentes.

Segundo a JBS, esse ganho foi possível graças à política de controle e gestão de riscos financeiros que obriga as áreas financeira, comercial, de suprimentos e originação de bovinos a “zerarem” as exposições diárias, transação a transação. Assim, não é “permitida e/ou admitida qualquer exposição a riscos, seja em moedas, juros ou commodities, em qualquer área operacional da companhia”.

O comunicado agradou o mercado que reagiu comprando ações da companhia, que valorizaram-se 8,46%, acima da alta de 7,63% do Ibovespa. No entanto, desde quinta-feira, quando foram anunciadas as perdas da Sadia, as ações do JBS acumulam perdas de 5,2%.

O balanço do próximo trimestre do grupo deve ser divulgado até novembro, mas a empresa estima que, após o pagamento das aquisições, vai operar com liquidez acima de US$ 500 milhões. A empresa informou ainda que a valorização da moeda norte americana aos níveis verificados até o momento trará forte benefício no comprometimento financeiro da companhia, que estima uma redução de, aproximadamente, 0,4 vezes na relação da dívida líquida com o EBITDA (lucro antes de juros, impostos e amortização). Isso porque a empresa obtém mais de 70% de sua geração de caixa em dólares e a quase totalidade de sua dívida em reais, conforme o comunicado.

Os papéis das outras empresas do setor também tiveram valorização, em dia mais calmo nos mercados mundiais. Mas, mesmo com a alta de 8,98% de ontem, as ações da Sadia acumulam perdas de 38,7% desde o dia 25. As ações do frigorífico Minerva subiram 1,42%, encerrando o pregão em R$ 3,55, o as da Perdigão, elevaram-se 7,69%, fechando em R$ 36,40. Os papéis do Marfrig fecharam em alta de 15,34% no dia, e no acumulado desde o dia 25, alta de 5,01%.

A matéria é de Fabiana Batista, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Darci Júnior disse:

    Concordo plenamente com você amigo, isso está errado.