Sexta maior exportadora do país, a JBS quer investir agora na importação. A ideia da companhia é ofertar cortes especiais de importados diretamente ao varejo, aproveitando o crescente interesse dos brasileiros pelos chamados produtos “premium”.
De início, chegarão às prateleiras dos supermercados brasileiros cortes de carne feitos nos Estados Unidos, mas já está definida na expansão do portfólio a oferta de carnes de outros países em que há operação, como Austrália.
A decisão de ampliar os investimentos na área veio em definitivo com a abertura do mercado norte-americano para a carne brasileira, oficializada em agosto. Os executivos da JBS consideraram que era possível lucrar nas duas pontas, já que a empresa domina a produção de carne bovina no Brasil e nos Estados Unidos.
Ainda está sob análise a criação de uma marca específica para os importados da JBS, que é dona no Brasil de Friboi e Seara.
A empresa já mantém uma operação de importação, importando aproximadamente 2.000 toneladas de alimentos -entre carnes, vegetais e peixes- todos os meses. A distribuição, porém, é limitada e atende principalmente a restaurantes.
Uma diretoria específica para tratar do novo negócio foi criada. O plano é impulsionar as vendas de importados no Brasil e, ao mesmo tempo, tornar a JBS mais seletiva.
No mês passado, executivos foram ao Estado do Colorado (EUA) acertar os formatos dos cortes.
As carnes passarão por um processo especial antes de
serem remetidas ao Brasil, onde os consumidores têm predileção por cortes mais uniformes. De início, serão enviados cortes de churrasco tradicionais: picanha, maminha, fraldinha, alcatra completa e costela.
Segundo a JBS, as vendas começarão “em breve”. No momento, a empresa está na fase final de organização de documentos e procedimentos de rotulagem.
Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.