Análise Semanal – 03/12/03
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Laboratórios venderam 68 milhões de doses em novembro

Os laboratórios fabricantes de vacinas contra febre aftosa comercializaram 68 milhões de doses em novembro. A informação é do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), que prevê consumo total de 330 milhões de doses em 2003, com crescimento de cinco milhões de doses em relação ao resultado obtido em 2002 (325 milhões/doses) e de 13 milhões sobre as vendas de 2001 (317 milhões/doses).

Dados da Central de Selagem de Vacinas, órgão constituído por meio de parceria entre o Sindan e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), localizado em Vinhedo, SP, indicam que todos os estados brasileiros que realizaram campanha em novembro de 2003 ultrapassaram as aquisições feitas em todo o ano passado, inclusive o Pará, que prorrogou a vacinação neste ano.

Segundo Emilio Salani, presidente do Sindan, o País avança rápido rumo à erradicação da aftosa porque se preparou para isso e conta com o trabalho conjunto de governo, produtores e iniciativa privada.

O sucesso do combate à febre aftosa no País é confirmado pela redução a zero dos casos da doença desde 18 de agosto de 2001. Além disso, em maio de 2003, Rondônia foi declarado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa com vacinação e, ainda neste ano, o Acre e o centro-sul da Pará poderão obter o mesmo status.

“Os números e o cenário atual refletem o empenho e a preocupação do nosso País em manter a sanidade do rebanho bovino, colaborando para o desempenho do agronegócio nacional, principalmente no setor pecuário, que tem colocado o Brasil na liderança mundial em exportação”, ressaltou Emílio Salani.

Consumo interno e exportações

Além de mais um recorde nas vendas de vacinas contra febre aftosa previsto para 2003, os estoques da Central de Selagem de Vacinas superam 60 milhões de doses. Com isso, o Brasil consolida sua posição de líder mundial em produção de vacina contra a doença e deverá manter sua posição como exportador da vacina para os países vizinhos. Neste ano, foram exportados mais de 17 milhões de doses principalmente para Uruguai, Paraguai e Bolívia.

Sebastião Guedes, consultor do Sindan, informa que esse desempenho ocorre porque o Brasil conta com o maior parque industrial do mundo para fabricação de vacina contra aftosa, com capacidade total instalada de até 500 milhões de doses por ano. “Assim, conseguimos trabalhar com bons estoques, dando tranqüilidade aos pecuaristas para aquisição de vacinas e conseqüente avanço dos índices de imunização”, explicou Guedes.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindan, adaptado por Equipe BeefPoint

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