Em carta enviada ao BeefPoint, o leitor Bernardo Pötter, comenta o funcionamento da rastreabilidade no Uruguai, mostrando que no país vizinho o sistema é mais simples e menos oneroso para o produtor. "A rastreabilidade no Uruguai é obrigatória sim, porém é paga pelo governo. O produtor uruguaio não paga nada pela rastreabilidade, bem diferente do Brasil onde pagamos muito caro".
Em carta enviada ao BeefPoint, o leitor Bernardo Pötter, comenta o funcionamento da rastreabilidade no Uruguai, mostrando que no país vizinho o sistema é mais simples e menos oneroso para o produtor.
“A rastreabilidade no Uruguai é obrigatória sim, porém é paga pelo governo. O produtor uruguaio não paga nada pela rastreabilidade, bem diferente do Brasil onde pagamos muito caro.
Quanto aos identificadores eletrônicos, creio haver um engano, pois os animais são identificados com brincos plásticos nas duas orelhas, como no Brasil.
Outra diferença, é que no Uruguai não há o livro de registros da propriedade, como existe no Sisbov. Ou seja, não há controle sobre eventos (medicações, doenças, mortes etc.). A única coisa que existe é que para cada movimentação (venda de animais ou transferências) é obrigatória a presença de um veterinário credenciado pelo governo.
As caixas-pretas, existem apenas em 01 (um) frigorífico no Uruguai, e está em fase de avaliação.
Portanto, no Uruguai não existe nenhum controle, como querem impor no Brasil“. Leia mais.
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A Rastreabilidade uruguaia foi negociada com a comissão européia, dentro da realidade e das condições locais. Está seguindo um cronograma que culminará com todo o rebanho do país sendo rastreado.
Atualmente, os animais destinados ao abate à comunidade européia e Chile são revisados e brincados pela autoridade sanitária local pouco antes do embarque ao frigorífico credenciado.
Enquanto isto, há um programa de rastreamento obrigatório de todos os terneiros nascidos, com o uso de dispositivos eletrônicos.
Estes dispositivos são reirados na sede local da inspetoria veterinária e são bancados por um fundo governamental cujos recursos são advindos dos animais exportados.
Muito longe das dificuldades e burocracia por nós desenvolvida.
A rastreabilidade no Uruguay é sim um pouco mais simples do que aqui no Brasil, porém não devemos só nos incomodar com as regras a que o país vizinho é imposto, pois isso é fruto de credibilidade e confiança que estes mesmos vizinhos conquistaram ao decorrer dos anos. Este caracter que os hermanos possuem no exterior não se observa somente nesse caso, lembrem o tempo que o uruguay ficou sem exportar quando houveram aqueles eventos sanitários tristes de outrora, e comparem com o periodo em que nós ficamos. Esses resultados são não só dos produtores como de um governo comprometido com a cadeia pecuária.
O que nos resta é esperar por uma ação mais contundente e profissional de nossos governantes e representantes e nós mesmos levar mais a serio a nossa rastreabilidade e se não soubermos lidar direito com os processos, procurar ajuda com quem domina o assunto.