A demanda per capita por carne bovina nos EUA está caindo a seu nível mais baixo em mais de quatro décadas. Em 2014, houve queda na produção de carne bovina e suína, fazendo os preços dispararem e, embora os criadores dos dois tipos de carne tenham se mobilizado para recuperar a oferta, a de suínos aumenta mais rápido, devendo alcançar um recorde esse ano, enquanto a de carne bovina deverá recuar. Atualmente, a diferença de preços entre a carne bovina e a suína está mais de 20% maior que a média dos últimos dez anos.
O consumo per capita de carne bovina deverá cair nos EUA para 24,4 quilos em 2015, nível mais baixo já registrado nas estatísticas do governo, que remontam a 1970. Enquanto isso, o preço nos supermercados continua quase recorde, enquanto a costeleta de porco no varejo caiu mais de 7% em relação ao recorde de outubro de 2014.
Mas há indícios de que os preços no varejo não seguirão elevados. No atacado, a carne bovina recuou 14% em setembro, o maior tombo em pelo menos onze anos. E a transferência dessa queda aos supermercados poderá contribuir para que a demanda recupere força, disse Don Close, vice-presidente de pesquisa de alimentos e agronegócios de proteína animal em St. Louis. Nesse contexto, a carne suína também poderá perder atratividade. Para Christopher Narayanan, chefe do departamento de pesquisas do Société Générale em New York, a queda da carne bovina no varejo americano não será rápida e poderá não acontecer antes das últimas semanas deste ano.
Fonte: Bloomberg, publicado no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.