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Mapa quer erradicar a febre aftosa até 2005

A diretora do Departamento de Defesa Animal, Denise Euclydes Mariano da Costa, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), afirmou ontem, na abertura da II Reunião do Circuito Pecuário Norte, que a meta do Governo é erradicar a febre aftosa em todo o País até 2005. O Brasil tem 165 milhões de cabeças de gado, sendo 120 milhões criadas em área livre de aftosa, formada por 13 Estados. O Circuito Norte tem um rebanho 21 milhões de cabeças.

O encontro foi aberto pelo governador de Rondônia, José de Abreu Bianco, que garantiu estar travando um combate contra a aftosa. “Queremos avançar nessa luta e para isso contamos com a parceria dos nossos criadores que são, em sua maioria, de pequeno porte. Em nosso Estado, com oito milhões de reses, a pecuária hoje é um ponto importante para nós e queremos que nossa região se torne rapidamente uma área livre de risco”.

O circuito pecuário Norte é um dos mais atrasados no controle sanitário. Amazonas, Roraima e Amapá são classificados como zonas de risco desconhecido. Já Rondônia e Pará estão buscando uma condição diferenciada. Os dois Estados estão adiantados no controle da febre aftosa em relação aos outros da região e querem ser reconhecidos como zonas livres da doença.

Rondônia e parte do Acre pedem que o Mapa faça a sorologia dos animais, para comprovar que a área está livre de aftosa. O Mapa não trabalha com os Estados de um mesmo circuito pecuário de forma isolada, mas defende a criação de agências de defesa agropecuária para fortalecer o controle da doença. Mais da metade dos Estados brasileiros ainda não possui uma estrutura independente voltada para a sanidade do rebanho animal.

Este ano, segundo Denise Mariano, ainda não houve qualquer notificação da doença no País. “Queremos a participação de todos na luta contra a doença para que nosso gado possa ser vendido livremente aqui e no exterior”, disse. Os Estados que formam a área livre de febre aftosa com vacinação são Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Sergipe, Goiás e Distrito Federal. Santa Catarina é reconhecido como Estado livre da doença sem vacinação.

Ela explicou também que, no Brasil, só é permitido o acesso à zona livre de febre aftosa com vacinação de animais oriundos de Estados que tenham classificação, no mínimo, de médio risco. “Com isso evitamos a reintrodução da doença na zona livre e não corremos o risco de perder o estado sanitário conquistado. O mercado internacional também é muito rigoroso porque é sabido que a doença está restrita a apenas alguns países, então exige-se que a carne seja comprada daqueles que não têm a enfermidade”, destacou.

Hoje os participantes da II Reunião do Circuito Pecuário Norte elaboram as metas para os dois próximos anos nos Estados do Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Rondônia.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Correio do Estado/MS e Clic RBS/Agrol, adaptado por Equipe BeefPoint

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