O frigorífico Marfrig estabeleceu uma tabela de premiação pela qualidade do gado abatido que passa a ser adotada progressivamente em suas plantas frigoríficas. À partir deste mês, lotes que apresentarem padrões de conformação de carcaça e acabamento de gordura, entre outros fatores, terão um incremento na remuneração de até 4% sobre o preço médio da @ à prazo do Boletim CEPEA/ESALQ para a praça da fazenda.
Se enquadram nessa categoria de remuneração os pecuaristas vinculados a programas de qualidade. No caso dos lotes de animais Nelore, somente recebem a remuneração adicional os produtores participantes do Programa de Qualidade Nelore Natural (PQNN), iniciativa da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil que visa disponibilizar ao mercado uma carne de origem conhecida e qualidade controlada.
“A iniciativa vai influenciar diretamente no aumento da liquidez comercial dos plantéis dos produtores”, ressalta o zootecnista e especialista em segurança alimentar Eduardo Krizstán Pedroso, gerente executivo da ACNB que, em conjunto com as associações estaduais e regionais de criadores de Nelore, estabeleceu o acordo com o Marfrig. “Essa também é uma prova de que, com ações mercadológicas integradas, todos os elos da cadeia produtiva saem ganhando, desde o pecuarista – que é melhor remunerado -, passando pelo frigorífico – que recebe um produto com padronização industrial – até chegar ao consumidor final, que terá uma carne bovina de melhor qualidade”, considera.
A implementação da Tabela de Premiação será gradativa nas três unidades do frigorífico. A primeira unidade em que a tabela começa a vigorar é a de Bataguassu (MS). A previsão é de que nas filiais de Promissão (SP) e Tangará da Serra (MT), a iniciativa passe a valer a partir de 1/08 e 5/09, respectivamente. A mecânica de premiação é simples, já que a Tabela de Premiação é progressiva conforme o índice de classificação dos lotes.
Para lotes com índice de classificação entre 50% e 70%, a premiação pode variar entre 1% (sobre a média de preço da @ do boi à prazo) para os machos e 2% (sobre a média de preço da @ da vaca à prazo) para as fêmeas. Porém, se o índice de classificação for entre 70% e 80%, a bonificação varia entre 1,5% e 3%. E se o lote apresentar mais de 80% de classificação, a premiação pode ficar entre 2% e 4%. Assim, os lotes com classificação Nelore Natural acima de 50% garantem, no mínimo, 1% de bonificação.
Fonte: Assessoria de imprensa da ACNB