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Marfrig espera dividendos vindos da BRF em 2024

Depois de investimentos bilionários que a Marfrig fez na BRF nos últimos anos, a companhia de aves e suínos começa a dar retorno ao seu controlador. O fundador e dono da Marfrig, Marcos Molina, afirmou nesta quinta-feira (16/5) em teleconferência com analistas que vê grandes chances de recebimento de dividendos vindos da BRF neste ano.

“Na BRF, a gente vem de um melhor primeiro trimestre da história e agora a gente vê já os resultados do BRF+, uma mudança estrutural da empresa”, disse Molina sobre o programa de eficiência operacional de sua controlada.

Paralelo a isso, o empresário destacou o cenário mais favorável nos preços de grãos – milho e farelo de soja usados na ração animal estão em queda -, e o setor de frangos, cuja demanda se mostra parruda nos mercados interno e externo.

“[Então,] a gente tem uma previsibilidade, como já [estamos] em maio, de uma grande chance de distribuição de dividendo da BRF para Marfrig no ano de 2024”, estimou.

A BRF, das marcas Sadia e Perdigão, lucrou R$ 594 milhões no intervalo de janeiro a março deste ano, e foi a grande responsável pelo lucro de R$ 62 milhões obtido por sua controladora Marfrig no período. A companhia de aves e suínos contribuiu, sozinha, com 80% do Ebitda da Marfrig no trimestre.

Entre os investimentos mais recentes, ao longo do quarto trimestre de 2023, a Marfrig desembolsou R$ 1,9 bilhão para adquirir cerca de 168,3 milhões de ações da BRF. Nos últimos dias de dezembro, a empresa fundada por Molina comprou 5,06% em ações na BRF para alcançar a participação de 50,06%.

Operações

Nos Estados Unidos, o CEO da Operação América do Norte, Tim Klein, ressaltou que o segundo trimestre começou com a demanda mais devagar e o principal motivo foi o clima. No entanto, a expectativa é que este quadro mude.

“A primavera começou muito chuvosa, mas o segundo e terceiro trimestres são os melhores pela sazonalidade da demanda por carne para a temporada de churrascos”, disse o executivo.

O CEO da Operação América do Sul, Rui Mendonça, destacou que a receita da unidade no primeiro trimestre foi afetada por alguns fatores. O primeiro deles foi a menor quantidade de dias úteis, em função dos feriados de Carnaval e sexta-feira santa no mesmo trimestre.

“Tivemos um movimento dos fiscais do Mapa [Ministério da Agricultura] que atrapalhou a emissão de certificados. Tivemos uma queda nos preços de subprodutos e a queda do dólar no comparativo de trimestre contra trimestre”, afirmou, comparando o desempenho de janeiro a março com os últimos três meses de 2023.

Do ponto de vista das exportações, Mendonça enxerga o fim de uma trajetória de queda nos preços da tonelada embarcada para a China, com sinais agora de estabilidade.

“A tendência para o próximo trimestre com certeza é favorável”, acrescentou sobre o intervalo de abril a junho.

Fonte: Globo Rural.

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