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Marfrig reduz custos e capta US$ 850 milhões

A Marfrig, segunda maior processadora de carnes bovinas do país, atraiu forte demanda em sua nova emissão internacional de bônus, permitindo à empresa captar US$ 850 milhões e reduzir custos.

Os títulos, que vencem em 2019, foram lançados ontem com cupom de 6,875% ao ano. O rendimento (“yield”) ficou no mesmo patamar. Em comunicado divulgado à tarde, a empresa destacou que os custos ficaram nos níveis “mais baixos de sua história recente”.

A demanda pelos papéis chegou a US$ 5 bilhões, levando a Marfrig a aumentar o volume da operação. O plano inicial da companhia era captar entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões.

A maior parte dos recursos será usada para recomprar bônus de emissões antigas e mais caras. A Marfrig lançou uma oferta para adquirir títulos com vencimento em 2017 e 2021, que pagam cupom anual de 9,875% e 11,25%, respectivamente. Os custos não são diretamente comparáveis porque se referem a operações de volumes e prazos diferentes.

O restante do dinheiro será destinado ao refinanciamento de dívidas bancárias, informou a companhia no comunicado. BTG Pactual, HSBC, Itaú BBA e Morgan Stanley coordenam a operação.

Segundo fonte a par do assunto, detentores de mais da metade dos bônus de 2017 e 2021 já sinalizaram que vão vender seus papéis. Há, no mercado, cerca de US$ 900 milhões em títulos com esses vencimentos. O prazo para aderir à recompra vai até 2 de julho.

Esse interlocutor afirma que boa parte da demanda pelos bônus emitidos ontem veio de investidores que decidiram vender os títulos antigos, mas querem continuar a deter papéis da empresa. “Quem vai aderir à oferta quis os bônus novos. Por isso, outros investidores tiveram de apresentar ordens grandes para conseguir ser alocados na emissão”, diz.

Esta foi a terceira emissão de bônus da Marfrig em 2014. Com melhorias operacionais e uma consistente política de gestão de passivos, a empresa tem conseguido melhorar seu perfil financeiro. Em maio, o executivo-chefe do grupo, Sergio Rial, disse ao Jornal Valor que o custo médio da dívida tem de cair abaixo de 7% ao ano para que a companhia volte a dar lucro. No fim de março, o custo estava em 7,9% anuais.

Fonte: Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

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