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15 de abril de 2011

Mercado ainda trabalha em ritmo lento e bastante pressionado

De maneira geral, oferta de animais para o abate não aumentou, as escalas seguem curtas e os negócios em ritmo lento. Apesar de poucas alterações no cenário do mercado do boi gordo, nesta semana os compradores continuaram pressionando os preços da arroba. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 104,06/@, na última quarta-feira, acumulando desvalorização de 0,12% na semana. O indicador a prazo também recuou (-0,27%), sendo cotado a R$ 105,39/@.

Apesar de poucas alterações no cenário do mercado do boi gordo, nesta semana os compradores continuaram pressionando os preços da arroba. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 104,06/@, na última quarta-feira, acumulando desvalorização de 0,12% na semana. O indicador a prazo também recuou (-0,27%), sendo cotado a R$ 105,39/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

De maneira geral, oferta de animais para o abate não aumentou, as escalas seguem curtas e os negócios em ritmo lento.

Diogo Castilho, comentou hoje no Twitter, que “o crescimento global puxado por blocos populosos e pobres, causa uma mudança no perfil de consumo mundial. Não haverá trégua nos alimentos principalmente na carne, em que a demanda atropelou a produção. Veremos boi firme por um longo tempo”.

Para Fabiano Tito Rosa, do Minerva, ” o câmbio e a carne – que não sobe apesar do mercado enxuto – seguraram o boi nos últimos dias, mesmo diante de um quadro de pouquíssima oferta”.

“Temos que lembrar que atividade do boi vem perdendo espaço significativo para outras atividades: soja, cana e eucalipto. Esse último tomando o lugar de importantes áreas de cria (MS). Na atividade pecuária a situação da terminação não é tão complicada, mas as plantações de eucalipto vem tomando espaço da cria dia após dia, isso sim pode levar a uma mudança no ciclo pecuário muito mais significativa, como nenhum de nós viu ate hoje”, comentou Caio Junqueira Neto.

Diogo Castilho ainda informou que hoje aconteceram negócios, em São Paulo, a R$104,00/@ com prazo de 30 dias, para embarque domingo. “Arroba de R$101,00 é balcão, não compra nada” completou.

Segundo Rodrigo Albuquerque, em Goiás as escala teimam em não aumentar (frigorífico ainda com espaço para encaixar abates para esta semana ou o início da outra). “O ágio do boi Europa já está em R$ 4,00/@” completa. Albuquerque ainda informou que a planta do Mataboi em de Santa Fé/GO voltou a abater. “Teve abate ontem e hoje, cerca de 200 a 250 animais”.

Lygia Pimentel reforçou que “as escalas não evoluem substancialmente, mas preços também não sobem. Consumo decepciona, mas o feriado da próxima semana poderá enxugar um pouco os estoques”. Gustavo Figueiredo completa essa informação avaliando que os negócio devem seguir lentos na próxima semana: “Semana que vem teremos uma segunda que não compra nada e uma quarta com cara de sexta-feira”.

O leitor do BeefPoint, Fernando Martins de Lima, informou através do formulário de cotações do BeefPoint que em Três Lagoas/MS os frigoríficos estão ofertando R$ 98,00/@, com 30 dias de prazo.

Hatila Lenzi de Oliveira, de Cacoal/RO comentou que na sua região o preço do boi gordo gira em torno do R$ 91,00/@ (10 dias de prazo) e a arroba da vaca está valendo R$ 82,00 (30 dias de prazo).

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 778,42/@, acumulando retração de 0,39% na semana. A relação de troca está em 1:2,21 e a margem bruta na reposição subiu para R$ 938,57.

Segundo o Cepea, os preços da carne no atacado da grande São Paulo aumentaram nos últimos dias. “As altas nos preços da carne nos últimos dias se devem ao repasse dos elevados patamares da arroba. Apesar disso, representantes de frigoríficos continuam alegando que as vendas de carne estão lentas no atacado.

Breno Maia avaliou: “o mercado está enxuto e os estoques baixos. Ao meu ver o atacado está com um olho no peixe outro no gato, quando ve os frigoríficos fazendo pressão no boi, tiram o pé da compra na hora. Mesmo com oferta curta eles tentam segurar os preços”.

Segundo o Boletim Intercarnes, ainda que lentamente o mercado da carne sinaliza uma melhor estabilidade em relação a preços e procura com os distribuidores se posicionando para a próxima semana. A carne bovina deve se manter estável dentro dos níveis atuais de preços para a próxima semana e a demanda tende a permanecer mais ativa para 2ªquinzena do mês.

No atacado paulista, o equivalente físico permaneceu estável sendo calculado em R$ 96,32/@. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuou para R$ 7,75/@.

Tabela 2. Atacado da carne bovina

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