Tímido, mas evoluindo: O mercado de reposição, importante elo da bovinocultura de corte, apesar de mais timidamente, continua a apresentar valorizações em suas cotações. Tais variações positivas têm sido suficien- tes para aumentar o ágio de algumas categorias em relação ao boi gordo. Para se ter uma ideia, o ágio do boi magro e do bezerro de ano, em relação ao boi gordo, apresentou evolução de 2,62 p.p. e 7,02 p.p. na comparação de abril/16 com abril/15. Os preços dos animais da reposição caminham para cima com mais vigor que os do boi gordo, tanto que se observa que a cotação do boi magro bateu em abril/16 o maior valor nominal da história. Ou seja, ainda se observa em Mato Grosso um mercado de reposição resistente a quedas, e pecuaristas que realizam apenas cria e recria vislumbrando neste primeiro semestre do ano uma melhora em suas receitas quando comparados àqueles que trabalham apenas com a engorda.
– A média semanal do preço da arroba do boi gordo e da vaca gorda apresentou leves valorizações, ficando cotada a R$ 131,61 e R$ 125,11, respectivamente.
– O preço do bezerro de ano registrou aumento de 0,61%, sendo cotado nesta semana a R$ 1.324,07/cabeça.
– O contrato futuro do boi gordo em São Paulo com vencimento para outubro/16 apresentou uma pequena elevação em seu preço na comparação com a última semana, de 0,39%. A média semanal foi de R$ 166,81/@.
– O diferencial de base SP–MT registrou uma queda de 0,09 p.p., fechando a semana em 17,23%. Essa queda deve-se à maior valorização do boi mato-grossense em relação ao boi de São Paulo.
LEVE MELHORA: A bovinocultura de corte pode registrar em 2016 o sexto avanço anual consecutivo do Valor Bruto da Produção (VBP), estima-se que neste ano o montante produ- zido pela atividade seja de R$ 10,41 bilhões. Apesar dessas seguidas evoluções, o ano de 2016 também pode ficar marcado com o menor avanço anual da série histórica, a variação em relação a 2015 é de 0,67%. A principal justifi- cativa para essa pequena variação para cima do VBP é a expectativa de melhores preços encontrados no ano de 2016, na comparação com 2015. O avanço no VBP só não é maior, pois a oferta de animais ainda mostra-se restrita (principalmente de fêmeas), e isto limita a geração de montante para a atividade. Dito isto, cabe a ressalva de que ainda nos encontramos em maio, e o segundo semestre ainda se mostra incerto, principalmente no que diz respeito aos confinamentos, e grandes alterações nestes podem afetar diretamente o VBP da atividade.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).