Blumenfeld especificou que a oferta original, apresentada no início das conversações, em março, foi baseada nas “necessidades da comunidade, que a partir de agora são permanentemente crescentes” por causa da ampliação da União Européia de 15 para 25 países.
Segundo ele, existe um litígio pela tarifa a ser paga, já que a UE oferece a entrada da carne com a referência inicial da taxa de 20%, usada agora para a Cota Hilton, permitindo o ingresso em condições vantajosas a certos cortes de carne. O Mercosul, no entanto, considera a taxa alta.
“Neste momento, a oferta européia é começar igual à Hilton e ir decrescendo em 1% por ano em dez anos. Ou seja, Hilton paga 20% e assim se chega em dez anos a 10%”, disse. Blumenfeld explicou que os negociadores do Mercosul estão pedindo tarifa zero.
“No fundo, a União Européia não teria problema para atender esse pleito. Este não é o problema”, acrescentou, comentando que as dificuldades surgem por causa das complicações da negociação com muitos produtos.
A União Européia e o Mercosul negociam desde 1999 um acordo comercial com o qual sejam gradualmente eliminadas as tarifas para alcançar o livre comércio no prazo de 15 anos. No entanto, as posições dos dois blocos estão ainda distantes em matéria agropecuária, um setor fundamental para o Mercosul.
Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint