O governo de Minas Gerais inaugura hoje, oficialmente, o Laboratório Maurício dos Santos Paiva, em Belo Horizonte, especializado no diagnóstico da Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EEB). O empreendimento, que demandou investimentos da ordem de R$ 1 milhão, foi credenciado em janeiro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como o primeiro laboratório estatal do País especializado em fazer diagnóstico da doença da “vaca louca”.
De acordo com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a coleta das amostras não ficará restrita ao Estado. Incluirá o Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Segundo a médica veterinária responsável pelo Laboratório, Marilda Martins, desde janeiro, quando começaram as operações, os técnicos analisaram 130 amostras. De acordo com ela, tanto o Mapa quanto a Organização Internacional de Epizootias (OIE) exigem que o exame para detecção da doença da “vaca louca” seja feita por um exame diferencial do para a raiva.
Dessa forma, todas as amostras que configurarem resultados negativos para a raiva obrigatoriamente têm que ser submetidas à análise para a outra enfermidade do rebanho.
Além desses dois diagnósticos, o laboratório está capacitado para a produção da vacina autógena contra papilomatose bovina e a pasta vampiricida para o controle do morcego hematófago, além de cultura e antibiograma, distribuição e comercialização de antígenos para diagnóstico de brucelose e tuberculose bovinas.
A meta de exames estabelecida pelo Mapa para o laboratório é de 400 amostras/ano, volume suficiente para que o estado consiga cumprir o controle em uma área livre de doenças.
Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola (por Raquel Massote), adaptado por Equipe BeefPoint