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Minc reforça importância da “moratória da carne”

Após divulgar o resultado do segundo ano do monitoramento das plantações de soja em Mato Grosso, Pará e Rondônia e comemorar a redução da contribuição da cultura para o desmatamento da Amazônia, o ministro Carlos Minc comentou que a pecuária está atrasada em relação à soja, cuja moratória é um sucesso.

Segundo avaliação feita pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nesta terça-feira ao apresentar o resultado do segundo ano do monitoramento das plantações de soja em Mato Grosso, Pará e Rondônia, “a soja já não contribui mais para o desmatamento da Amazônia”.

O mapeamento vem sendo feito desde 2006, quando a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) assumiram o compromisso de não comprarem mais soja produzida em novas áreas desmatadas na Amazônia. O acordo foi apelidado de moratória da soja no bioma Amazônia.

O monitoramento da safra 2008/2009 identificou que apenas 0,88% do total de 157.896 hectares mapeados foram desmatados para a plantação de soja. No total, 1.385 hectares foram desflorestados para esse fim em 12 municípios, dos quais 10 em Mato Grosso. “Eu considero isso um resultado extraordinário”.

Ao rastrear áreas desmatadas na Amazônia nos últimos dois anos e nove meses, o monitoramento da moratória da soja apontou a pecuária como o principal forma de uso do solo após a derrubada. Das 620 áreas de desmatamento recente pesquisadas, 32% são ocupadas por pastagens.

“A pecuária está atrasada em relação à soja, cuja moratória é um sucesso”, comentou o ministro Carlos Minc ao divulgar os dados, ontem. O ministro disse defender restrições ambientais no novo pacote de ajuda financeira que o governo estuda dar aos frigoríficos. Minc também diz buscar com eles um acordo semelhante ao promovido pela indústria da soja três anos atrás.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne informou que não há nada definido em relação aderir a uma moratória da carne. O presidente da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), Carlo Lovatelli, disse que não está definida ainda uma prorrogação da moratória da soja: “Vamos esperar até julho”.

Recuperação de áreas degradadas

A conservação do solo e a recuperação de áreas degradadas devem ser usadas para impedir o avanço do desmatamento na Amazônia. “O que já há de áreas derrubadas e degradadas para recuperar é mais do que suficiente para não precisar derrubar mais nenhuma árvore”, afirmou, nesta terça-feira (14/04), o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ao participar da abertura do seminário alusivo ao Dia Nacional da Conservação do Solo.

No Brasil, há mais de 60 milhões de hectares de áreas degradadas. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste são as mais afetadas. Nelas, o processo da agricultura empresarial foi mais intenso.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Márcio Porto Carreiro, as boas práticas de manejo da terra são a melhor alternativa para recuperar o solo e evitar o desmatamento na Floresta Amazônica. “Se tiver a opção de voltar a produzir com eficiência na sua região, com certeza, o produtor vai diminuir a tendência de avançar pela Região Norte”, afirma Carreiro.

A integração entre lavoura, pecuária e silvicultura, a recuperação de áreas que concentram as microbacias hidrográficas, o plantio direto na palha e as produções orgânica e integrada são algumas práticas adotadas pelos produtores e incentivadas pelo ministério.

As informações são da Folha de S. Paulo e do jornal O Globo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Antonio Pereira Lima disse:

    O pior cego é aquele que não quer enxergar, ditado antigo mas que cabe muito bem no assunto em questão, ninguém derruba uma mata para plantar capim, é muito caro, tem muitas fazendas a venda com preços muito abaixo do custo de formação, derrubam uma árvore porque ela vale muito mais deitada do que em pé, valorizem o dono da terra, paguem para que ele mantenha a floresta e plante novas arvores, se pagarem bem, do jeito que anda o nosso negócio, dentro de pouco tempo este país será uma grande floresta.

    O que não pode é fechar os olhos para a venda da madeira, móveis rusticos, que por sinal são caríssimos, e querer boicotar o boi destas regiões, outro dia eu tomei uma multa porque estava a 95 Km/hora, aqui no MS a velocidade maxima é 80 Km, mas ninguém proibe as fabricas de carro de produzir veículos que andam a 230 Km/h, se o produtor vender todo o gado, deixar a fazenda inteira virar mato, vai ser desapropriado porque a fazenda é improdutiva, o MST assume a fazenda derruba tudo e faz carvão, até das matas ciliares, viu Sr Minc, não tem obrigação de produzir nada e ainda recebe uma cesta básica, os Indios querem as melhores terras produtivas do MS, na verdade o que eles querem é dignidade mas a Funai impede, para torná-las improdutivas, e também fazem questão da cesta basica, o Sr Minc quer, dependendo do bioma, de 20% a 80% das areas em produção para fazer florestas, e mais as encostas e os morros, fico preocupado com o café em Minas e as uvas em Santa Catarina, criança não pode trabalhar, mesmo estudando, mas pode servir de escudo das campesinas nos confrontos e muito mais absurdos, ou as autoridades estão cegas ou não querem enxergar.

    Um abraço

  2. Deniz Ferreira Ribeiro disse:

    Faço minhas as palavras do Antonio Pereira Lima. Se mais pessoas sérias e não comprometidas com a fanfarronice do governo atual, se manifestarem e formarem movimentos de opinião, talvez venhamos a ter, dentro de algum tempo, condições de recolocar os palhaços dentro dos limites de seus picadeiros de origem, de onde nunca deveríamos ter permitido que saíssem.

  3. Estêvão Domingos de Oliveira disse:

    Muito bem colocado sr. Antonio Pereira Lima.

  4. Humberto Silva Barros disse:

    Caro Dr Minc, vamos ver se o Brasil vai aguentar ao afetar a balança comercial brasileira, inibindo a produção de carne, grãos, etc, porque esse orgão ibama é governado por ongs!

  5. Orlando Vieira de Figueiredo Silva disse:

    Acho que precisamos nos unir, e decretar a moratória do corrupto, será que quem produz, é pior do quem rouba, por que acabar com quem quer trabalhar com aquilo que ele pagou para ter, será que não seria interessante que ele recebesse para manter o que é dele e que todos querem que ele proteja, seja reembolsado, pelo que poderia estar produzindo.

    Se não puder ser assim que entremos na corrupção que estamos vendo, com o Luliha, sendo um dos maiores criadores de Gado do Brasil, será que a Fazenda do Daniel Dantas foi desmatada legalmnte? Será que ela tem a LAU? Será que ela é documentada?
    Por que só houvimos dizer que o Dr. Protogines somente escutou sem autorização, e além de errar, está afastado e ganhando nosso dinheiro em casa.

    Por que ninguem fala o que ele escutou?

    Será que o crime de escutar é pior do que quem realmente robou e cometeu o crime?

    Vas abrir uma moratória desses orruptos que estão nos ditando, temos um José Dirceu que só diz o que a Terrorista Dilma tem que fazer, o nosso Min. da Justiça nem se fala. E o do Supremo que foi Blindado para lá quando assinou a venda da Vale do Rio Doce, será que temos uma mente tão fraca para não saber que o Lula também, nunca produziu um parafuso no Brasil, a não ser criar a greve?

  6. Jose Evandro Padua Vilela Filho disse:

    Atrasado é o codigo florestal, o ministerio dele, o incra, as secretarias de meio ambiente, etc. Orgãos criados para punir em vez de trabalhar em parceria com quem está produzindo e gerando divisas para o pais. Esse ministro e lastimavel o cara quer holofote.

  7. Luciano Andrade Gouveia Vilela disse:

    Estão atrasados todos os órgãos públicos que nos exigem um monte de providências, contratação de empresas credenciadas para prestar serviços de georreferenciamento, LA, outorga d´água, averbação de reserva, e não conseguem auditar, liberar ou analisar os projetos e apontar alguma incongruência e pedir providência.

    Pelo menos tem sido assim aqui no Tocantins, onde projetos de simples averbação e licença ambiental pode se arrastar por 3 ou mais anos dentro do Naturatins ou de Georreferenciamento pode também durar por mais de 3 anos, com insistente cobrança por parte do contribuinte e sem nem explicação de possíveis erros por parte da autarquia (INCRA). Atrazos como este pode influir negativamente na vida do contribuinte impedindo de registrar em cartório uma escritura de terra já paga a anos, sem que a mesma sirva nem para garantia de qualquer negócio.

    Mas normalmente o produtor de imediato contrata a empresa credenciada, faz o trabalho técnico, apresenta ao órgão público e depois espera, reza ou fica sabendo por bocas tortas que no Brasil, por ser o país do jeitinho, tem um funcionário mais graduado, “dono” de um cargo de carreira que “ajeita”. Depende da indole de cada um usar destes recursos, ou esperar.

    Discordo do Zé Evandro para o qual quero mandar um abraço, sobre o Ministro. Acho que ele foi muito infeliz no começo, mas tem tentado melhorar agora que se permitiu ao diálogo. Continua com falas muito infelizes com esta de nos chamar de atrasados, mas progrediu bastante (tive esta impressão na entrevista da Bandeirantes em março). Todos nós devemos tentar progredir sempre, tomara que o ministro pense assim e proponha uma limpeza nestes órgãos daqueles funcionários propineiros e donos dos seus cargos que lhes proporcionam rendimentos “paralelos” muito superiores aos salários para os quais foram contratados e ainda se acham muito úteis para os andamentos dos negócios em suas regiões de atuação.

    Abraços e felicidade a todos.
    Zé me manda seu e mail. O meu é marquesvilela@uol.com.br

  8. Eugenio Mario Possamai disse:

    Concordo com meus colegas acima em tudo o que eles escreveram, mas quem viu a entrevista do Minc na Band, no canal livre. Devemos nos mobilizarmos como os sem terra, os sem teto, e todos os demais baderneiros desse pais, pois estamos sendo tachados de desvastadores, e não é bem assim, com nossa mobilização, devemos precionar nossos deputados pois são eles que elaboram as leis, e se nos pensarmos em apenas produzir, as ongs fazem os lobes junto a estas pessoas que so pesam no agora, e fazem essas leis contrarias ao progresso de nossa bandeira.