Em meados de abril o Minerva Foods realizou a 1ª pesquisa relativa ao confinamento de bovinos no Brasil. Os estados pesquisados foram: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rondônia.
De acordo com a pesquisa, o volume de gado confinado deve diminuir 3% este ano.
Na variação por estado, as maiores retrações foram observadas onde os preços do boi gordo estão com mais deságio em relação a SP (com o diferencial mais aberto), como GO e MG.
A principal crítica dos pecuaristas se refere aos preços firmes de boi magro, uma vez que a expectativa era de queda diante da maior oferta de gado para reposição. Além disso, a curva futura do boi gordo na BM&F, sem atrativo para o 1º giro do confinamento, também é um ponto de atenção.
Por outro lado, a queda nas cotações de milho e soja é positiva para o custo da engorda. A colheita da 1ª safra de milho já está praticamente terminada e a perspectiva é de uma safrinha recorde, o que favorece ainda mais os custos do confinamento.
Entretanto, essa incerteza quanto aos preços dos insumos, além da dificuldade na compra do boi magro, afetaram a distribuição entre 1º e 2º giros.
Primeiro, esse atraso diminui o volume do 1º giro e aumenta o do 2º giro. Em segundo lugar, muda também a distribuição do 2º giro com vendas mais espaçadas entre os meses. Por último, reduz o interesse por ferramentas de gestão de risco, como a venda de futuros ou contratos a termo, o que pode ser prejudicial lá na frente.
O cenário é desafiador para o confinador, mas com o fim da safra a perspectiva é de alta nos preços do boi gordo. Na confirmação do cenário dos insumos, as contas do confinamento devem melhorar.
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Fonte: Minerva Foods, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.