Tradicionalmente um setor alavancado, os frigoríficos podem ter nos próximos meses um horizonte menos adverso, com o aumento da demanda por parte da China e menor oferta de carne por causa da seca da Austrália, importante país exportador, disse Sandra Peres, analista da Coinvalores.
O alongamento da dívida de curto prazo para longo prazo promovido pelo Minerva nos últimos meses, em parte com o aporte feito do novo sócio, coloca o grupo brasileiro em condições mais competitivas no mercado, segundo ela.
No terceiro trimestre, a relação dívida líquida/Ebitda da companhia estava em 3,2 vezes, ante 4,8 vez no mesmo período do ano passado. Com 70% de seu volume produzido voltado para exportação, o faturamento líquido em 2015 atingiu R$ 9,5 bilhões, crescimento de 19% sobre o ano anterior.
Segundo Fernando Queiroz, presidente do frigorífico, o grupo não busca novo sócio. Os controladores, reunidos na empresa BDQ, têm juntos 27%, a BRF outros 12%, o Salic, 20%. O restante das participações está em circulação no mercado. Antes de fechar com o Minerva, o Salic chegou a olhar outros frigoríficos no País, mas a prioridade era fechar com um grupo que não abatia carne suína.
Em relatório, o BTG Pactual vê possibilidade de valorização das ações da companhia, uma vez que o cenário para o ciclo agropecuário é positivo. A Abiec, entidade que reúne os exportadores de carne, prevê que os embarques da commodity devem atingir 1,5 milhão de toneladas em 2017, ante 1,4 milhão no ano passado.
Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.