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Ministro da Agricultura confirma Plano Safra de R$ 135 bi

Andrade também vai anunciar, em junho, o reconhecimento como livres de febre aftosa com vacinação os rebanhos bovinos dos Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e norte do Pará. Hoje, esses Estados são classificados como zona não livre de médio risco.

O próximo Plano Agrícola e Pecuário vai disponibilizar R$ 135 bilhões para financiar o plantio, a comercialização e os investimentos da safra 2013/14, aumento de 17,4% sobre o montante do ano anterior, e mecanismos para incentivar a produção de alimentos básicos, antecipou o ministro da Agricultura, Antônio Andrade. O “Plano Safra”, como é conhecido, será anunciado oficialmente em 4 de junho.

A princípio, o governo estuda reajustar os preços mínimos de garantia de produtos como arroz, feijão e hortaliças a fim de estimular a oferta desses produtos, que ajudaram a puxar a inflação nos últimos anos. Outras medidas com o objetivo de controlar os preços devem ser avaliadas mesmo após a divulgação do plano. Para aumentar a produção e o abastecimento, o governo deve conceder incentivos fiscais ou tributários.

Em apenas dois meses no cargo, Andrade já enfrentou duas denúncias. A primeira, de vender gado bovino para um abatedouro clandestino e a segunda, de transferir uma doação de campanha para um partido rival sem declarar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro e seu grupo político rechaçam as acusações, e Andrade agora busca consolidar uma agenda positiva para deixar sua marca frente ao Ministério da Agricultura.

No mesmo dia da divulgação do Plano Safra, deve ser finalmente anunciada a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), proposta lançada pela presidente Dilma há quase um ano, durante o lançamento do Plano Safra 2012/13. Segundo Andrade, a agência terá uma estrutura enxuta. O plano é que ela contrate outras empresas, uma para fazer a assistência técnica e a outra para fazer uma auditoria dos trabalhos das agências prestadoras do serviço.

Andrade também vai anunciar, em junho, o reconhecimento como livres de febre aftosa com vacinação os rebanhos bovinos dos Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão e norte do Pará. Hoje, esses Estados são classificados como zona não livre de médio risco.

Mas o prazo para que o Brasil obtenha o status de livre de aftosa com vacinação passou de 2014 para 2015. Andrade afirmou que deve preparar o país para dar resposta rápida à população no caso de algum surto de doença. Não se deve deixar que o suposto caso da vaca louca, que demorou dois anos para ser comunicado.

Mais contido que seu antecessor, Andrade descarta a abertura de contenciosos na Organização Mundial do Comércio (OMC), mesmo com os vários embargos vigentes contra produtos do agronegócio brasileiro.

Além da carne suína, o setor de bovinos tenta recuperar os mercados dos países que impuseram embargos contra a carne brasileira após a descoberta de um caso não clássico de vaca louca no fim de 2012. O secretários de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, e o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, irão participar de diversos encontros em Paris, Ucrânia e Rússia a partir de junho para negociar a suspensão dos embargos vigentes.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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