Missão chinesa chega ao Brasil para discutir acordo de equivalência sanitária

Chega hoje ao Brasil uma missão chinesa liderada pelo ministro de Administração Estatal para Inspeção, Qualidade e Quarentena, Li Chiangjiang, para discutir a assinatura de um protocolo de equivalência sanitária visando facilitar o comércio entre os dois países. A agenda oficial da missão começa amanhã (07), com uma visita ao laboratório da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro. À noite, a delegação terá encontro com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcus Vinicius Pratini de Moraes, às 19h30, em Brasília, quando deverá ser assinado o protocolo.

Na quinta-feira, os chineses irão a Minas Gerais e São Paulo. Em Minas, às 9h30, visitarão a Granja Rezende, em Uberlândia, para conhecer a produção avícola. À tarde, estarão em Lins, São Paulo, visitando o Frigorífico Bertin. Sexta-feira pela manhã, a delegação volta a Minas para conhecer as instalações do Laboratório de Apoio e Referência Animal (Lara), do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo.

A vinda da missão é resultado da visita de técnicos do Mapa à China na semana passada. Eles apresentaram ao governo chinês informações sobre o sistema brasileiro de defesa sanitária animal e vegetal, com atenção para os programas de erradicação de doenças como a febre aftosa, peste suína clássica e new castle nas regiões produtoras e exportadoras.

“Trata-se de um processo de negociação que vem ocorrendo desde o ano 2000”, explicou o secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos de Oliveira. Segundo ele, o Brasil tem interesse em exportar carnes, frutas cítricas e manter as vendas de soja para a China, que, em contrapartida, quer exportar alho, frutos do mar, frutas e tripas para o Brasil.

Até hoje, a China não importa carnes do Brasil porque não aceitava os critérios de áreas livres de doenças utilizados pelo Brasil, explicou o secretário. Mas com a entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC), a China passou a aceitar esses critérios regionais. Fontes do setor exportador, admitem, porém, que carnes brasileiras entram na China via Hong Kong.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Valor On Line (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe BeefPoint