Na segunda-feira, três veterinários da Comissão Européia chegaram em Porto Alegre (RS) em uma missão que deverá durar 4 dias. O objetivo é verificar se todas as medidas de combate à febre aftosa foram implementadas, conforme as normas exigidas pela União Européia (UE). Segundo o vice-ministro brasileiro da Agricultura, Márcio Fortes de Almeida, os técnicos europeus elaborarão um relatório a partir desta inspeção, o qual deverá ser aprovado pelo Comitê Veterinário da UE, de forma que, caso isso ocorra, as exportações de carne bovina do Rio Grande do Sul poderão ser retomadas até o fim de novembro.
A inspeção européia ficou definida durante reunião da Comissão de Agricultura, Saúde e Proteção do Consumidor, ocorrida nesta quarta-feira. “A reunião serviu para estreitar as relações com a União Européia. Propusemos total apoio logístico para a abertura de um escritório de representação veterinária no Brasil, o país com maior número de estabelecimentos habilitados para exportação.”
Segundo Almeida, a UE vai estudar a proposta e dará a resposta na reunião dos dias 12 e 13 de novembro, quando devem ser definidas também as datas para mais duas missões técnicas ao Brasil – uma com objetivo de ampliar a região do Circuito Pecuário Leste e outra para dar prosseguimento ao pedido de exportação de carne para a Europa. Na reunião, também será emitido o parecer definitivo do Comitê Veterinário da UE sobre a carne gaúcha, baseado no relatório a ser elaborado pelos técnicos veterinários.
O governo brasileiro está pressionando a UE a acelerar o processo de reconhecimento veterinário com o objetivo de obter autorização para a exportação da carne suína. “Reforçamos nosso interesse na reunião e vamos acelerar o processo porque temos clientes como Itália, França e Espanha batendo à nossa porta”.
Fonte: O Estado de São Paulo (por Samla Mesquita), adaptado por Equipe BeefPoint