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Missão presidencial tentará abrir mercado chinês

A abertura do mercado chinês para carnes brasileiras é o principal ponto da agenda comercial que será discutida na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, a partir de hoje, e o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, acredita que serão anunciados avanços nessa área.

A abertura do mercado chinês para carnes brasileiras é o principal ponto da agenda comercial que será discutida na visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, a partir de hoje, e o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, acredita que serão anunciados avanços nessa área.

“Acho possível termos resultados positivos em relação às três carnes – de frango, suína e bovina. Não sei se liberalização total de todas elas, mas avanços significativos”, avaliou Hugueney. Na sexta-feira, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, teve mais uma rodada de negociação com autoridades chinesas antes da visita presidencial. As negociações foram retomadas e os sinais eram de que caminhavam de maneira satisfatória.

Em tese, os embarques de carne de frango estão liberados e o governo chinês já habilitou 22 unidades brasileiras para exportação. Mas as autorizações de compra não estão saindo. A carne bovina teve a importação suspensa depois de surtos de febre aftosa. Em abril, autoridades chinesas disseram a Porto que não havia mais problemas na importação do produto de regiões livres da doença. Mas, na prática, ela não está ocorrendo ou avança lentamente.

A negociação para vender carne de suínos é a mais atrasada e também a que pode trazer mais volume de comércio. A China é o maior consumidor mundial do produto, com cerca de 40% do mercado global.

O ponto alto da visita presidencial será a assinatura por Lula e o presidente Hu Jintao de comunicado conjunto sobre a relação bilateral, no qual estará previsto um plano de ação quinquenal, que trará metas de comércio, investimentos e cooperação para 2010-2014.

A grande meta do governo brasileiro é diversificar as exportações para a China, extremamente concentradas em soja e minério de ferro. Para ajudar nessa missão, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, vai inaugurar na terça-feira o primeiro escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) no país.

A entidade dará apoio a empresários brasileiros que queiram exportar à China, buscará oportunidades de investimento e também tentará atrair investimentos chineses para o Brasil, disse o diretor da entidade na China, César Yu.

A matéria é de Cláudia Trevisan, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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