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Moody’s pode rebaixar rating do Marfrig

O processo de revisão foi impulsionado pela deterioração adicional da liquidez do Marfrig. De acordo com a agência, nos últimos dois trimestres, a empresa teve um fluxo de caixa negativo de R$ 1,1 bilhão, que consumiu todos os recursos captados com a oferta subsequente de ações concluída em dezembro de 2012.

A Moody’s colocou a nota de crédito do Marfrig, atualmente em “B2”, em revisão para possível rebaixamento. Caso a redução se confirme, o frigorífico ficará a apenas um nível dos ratings considerados “extremamente especulativos” pela agência de classificação de risco.

O processo de revisão foi impulsionado pela deterioração adicional da liquidez do Marfrig. De acordo com a agência, nos últimos dois trimestres, a empresa teve um fluxo de caixa negativo de R$ 1,1 bilhão, que consumiu todos os recursos captados com a oferta subsequente de ações concluída em dezembro de 2012.

Além disso, o calendário de amortização de dívidas é relativamente apertado, com R$ 3,3 bilhões a vencer em 2014 e 2015. O pagamento de cerca de R$ 180 milhões em juros ao BNDES, previsto para julho, deve comprometer ainda mais a situação de caixa do frigorífico.

Outro risco para o Marfrig, na avaliação da agência, é a quebra das cláusulas de endividamento previstas no contrato de suas debêntures não conversíveis, o que pode desencadear o pagamento antecipado dos títulos.

“A possibilidade de estouro dos ‘covenants’ é alta na ausência de venda de ativos, apesar de a companhia provavelmente conseguir negociar um perdão, dado que a dívida é concentrada em poucos credores, incluindo alguns bancos com os quais mantém relacionamento”, ressaltam os analistas Marianna Waltz e Brian Oak na nota.

A Moody’s informa ainda que vai levar em conta na sua avaliação o tempo e o tamanho da venda de ativos anunciada no plano da companhia para reduzir sua dívida em cerca de R$ 2 bilhões. “Esperamos concluir o processo quando o plano de desalavancagem e seu respectivo impacto nas métricas de crédito se tornarem mais evidentes”, ressalta a agência.

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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