MS: falta de prestação de contas impede repasse de verba ao Iagro

A não prestação de contas de investimentos feitos pelo Estado do Mato Grosso do Sul com recursos federais, na última administração, impediu que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcus Vinícius Pratini de Morais, pudesse liberar ontem os R$ 5 milhões que o Iagro necessita para dar prosseguimento ao trabalho de defesa sanitária.

O ministro Pratini chegou ontem às 18 horas a Campo Grande e, em seguida, participou da solenidade de abertura oficial da 64^a Expogrande, Exposição Agropecuária e Industrial de Campo Grande. Ele garantiu, no entanto, que tão logo o atual Governo providencie os documentos necessários para que as exigências burocráticas sejam cumpridas, o dinheiro será liberado. “Vamos continuar apoiando o trabalho eficiente que vem sendo feito aqui”, afirmou o ministro ao desembarcar na Base Aérea de Campo Grande.

Conforme foi apurado ontem, existem pelo menos quatro projetos que foram desenvolvidos com recursos federais, no Governo passado, e que não tiveram a devida prestação de contas por parte da administração pública estadual. Três desses projetos seriam, segundo a Coordenadoria de Comunicação Social do atual Governo, da área de penitenciárias. Outro projeto, cuja prestação de contas não foi apresentada, envolve sistemas de irrigação em dois assentamentos feitos na cidade de Corumbá.

Exportação

Pratini de Moraes previu, em seu pronunciamento na abertura da Expogrande, que Mato Grosso do Sul se transformará no maior exportador de carne do mundo, porque detém o maior e melhor rebanho do País.

Rastreabilidade

O ministro da Agricultura descartou qualquer possibilidade de alteração no prazo, fixado para junho, para que o gado destinado à exportação esteja rastreado e certificado. Produtores rurais, por intermédio da Federação da Agricultura do Estado e sindicatos rurais estão pleiteando e pediram ontem ao ministro Pratini que o prazo fosse ampliado. “Temos que atender bem nosso cliente, inclusive para que possamos mantê-lo”, disse Pratini de Morais ao responder questionamento de jornalista sobre a possibilidade de ampliação do prazo. Ele lembrou que o prazo foi estipulado pela União Européia e, por isso, deve ser cumprido.

Ele lembrou que a questão da rastreabilidade é mais um passo na modernização da pecuária brasileira e, por isso, deve ser encarada com seriedade pelos produtores. “Os que tem interesse em exportar farão logo, outros poderão fazer mais tarde, afinal temos quase uma década para realizar a rastreabilidade em todo o rebanho”, frisou.

Fonte: Correio do Estado/ MS (por Maurício Hugo) e Campo Grande News (por Flavio Paes), adaptado por Equipe BeefPoint