A proposta de pagar 3% sobre o valor da carcaça do animal rastreado, a título de prêmio ao produtor que rastrear o gado, é inviável. A afirmação partiu do presidente do Sindicato da Indústria dos Frigoríficos de Mato Grosso do Sul, Antônio Russo. “A rastreabilidade é uma lei e não um acordo comercial. Ninguém precisa receber prêmio para cumprir uma lei”, declarou.
A proposta de prêmio foi defendida pelo presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Laucídio Coelho Neto, durante a apresentação do balanço da Expogrande 2003, na última segunda-feira (14). “A rastreabilidade custa ao produtor R$ 1,60 por animal. Os frigoríficos estavam pagando R$ 2, que já era um número plausível, mas na Expogrande houve acordo e o preço subiu para R$ 5”, comentou Russo.
Segundo Laucídio, a rastreabilidade torna-se cara para o produtor diante da necessidade de qualificar peões, adquirir computadores e contratar digitadores.
Fonte: Campo Grande News (por Paulo Nonato de Souza), adaptado por Equipe BeefPoint
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Se colocar na ponta do lápis tudo que se gasta para rastrear um boi do nascimento ao abate não sai por menos de R$0,05 (cinco centavos) por Kg de carne, considerando um boi de 15 arrobas.
Só que o pessoal interessado se esquece que quem no final vai pagar a conta é o consumidor.
Agora tem que ter qualidade e qualidade custa.
Quanto ao comentário do Sr. Laucídio de que a rastreabilidade irá adicionar custos ao produtor, não concordo plenamente, porque quem irá manipular os dados, bem como auditá-los serão as certificadoras, portanto nenhum pecuarista terá que contratar digitador para tal.
Existem fazendas que já possuem programas de gerenciamento e controle de rebanho, tornando o processo ainda mais simples.
Nós técnicos devemos nos concientizar de que a pecuária está se tornando atividade para profissionais, não admitindo amadorismo.
Devemos olhar a rastreabilidade através dos dois lados. De um lado existem os custos inerentes ao sistema , porém de outro existem os benefícios.