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MS: investigação apontou 12 indícios de irregularidades na fronteira

Passado o susto com a falsa suspeita de aftosa na região de fronteira com o Paraguai, no município de Paranhos, o secretário de Estado da Produção e do Turismo (Seprotur), Dagoberto Nogueira Filho, recebeu ontem (10.01) em seu gabinete o relatório oficial de investigação do caso onde constam 12 indícios de irregularidades que vão desde a composição do rebanho até o desencontro entre o número de animais existentes e os documentos de ingresso dos bovinos na propriedade.

“Não podemos permitir que, pessoas como essa, que na minha opinião não são considerados produtores, coloquem em risco toda a base econômica de um Estado como o nosso. Vamos punir com rigor este caso”, apontou o secretário.

O diretor do Departamento de Operações da Fronteira (DOF), Cel. Geraldo Orti e o responsável pela investigação, Del. Antônio Carlos Videira, fizeram a entrega do relatório o qual também será encaminhado uma cópia do mesmo ao secretário de Segurança Pública, Dep. Antônio Braga, e ainda ao Ministro de Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), Roberto Rodrigues.

Conforme o Del. Videira, as apurações foram levantadas num período de 15 dias constando além de laudo pericial de diversos documentos da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetais (Iagro), e de outros órgãos sanitários, inclusive do estado do Paraná, acrescidos de depoimentos de produtores daquele Estado.

De acordo com Dagoberto, a fazenda será interdita e multada pela Secretária por ter importado gado do Paraguai fora dos tramites legais. Quando a denúncia de que as 28 das 53 cabeças de gado irregulares estivessem contaminadas com febre aftosa, Dagoberto disse que os exames comprovaram que o gado está em perfeito estado de saúde conforme atestou o exame feito pelo Laboratório de Apoio Animal de Belém do Pará.

O secretário fez questão de frisar que, desde o momento da denúncia, o gado não apresentava sintomas de febre aftosa e atribui a denúncia à disputa comercial pela importação de gado que há na região. “Nós fizemos a nossa parte. Cumprimos a legislação, o que o mercado externo determina, interditamos a fazenda, identificamos os animais e os colocamos a disposição dos compradores externos, para que houvesse transparência”, completou.

Dagoberto aproveitou a ocasião para dizer que pretende enviar à Assembléia Legislativa um projeto de lei ampliando e esclarecendo os poderes que a Iagro exerce para assim punir com mais rigor os produtores que não cumprem com todos os trâmites de importação exigidos. “Hoje a lei é muito vaga. O quê faz com que haja muitos recursos e os infratores ganhem as causas. Vou propor uma lei mais rígida e clara para punir o mau produtor”, finalizou.

Fonte: Assessoria de Imprensa Seprotur, adaptado por Equipe BeefPoint

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