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MS mostra produto em feira alemã

Presidente da Associação Brasileira de Pecuária Orgânica procurou futuros clientes europeus para produção de fazendas pantaneiras.

O Mato Grosso do Sul esteve presente à BioFach, uma das maiores feiras de produtos orgânicos da Europa, realizada de 14 a 17 de fevereiro na cidade de Nuremberg, na Alemanha. A presença do Estado deu-se através do Programa de Pecuária Orgânica do Pantanal, que envolve a Associação Brasileira de Pecuária Orgânica, com sede em MS, a Agricon, a Conservation International, representação em MS e o Instituto Biodinâmico, que faz a certificação de produtos orgânicos.

Conforme explicou a consultora de agronegócios da Agricon, Ana Raquel Ribeiro, a feira BioFach é realizada com o objetivo de reunir comerciantes de produtos orgânicos, envolvendo produtores, industriais, comerciantes atacadistas e varejistas, prestadores de serviços nessa área e fornecedores de insumos e equipamentos.

Em quatro dias, mais de 26 mil visitantes compareceram à feira, instalada numa área de 30 mil metros quadrados.

Ana Raquel explicou que o Brasil esteve representado em um estande que reuniu 20 empresas diferentes, a maior parte representante do Estado do Rio Grande do Sul (o Governo gaúcho custeou 80% dos gastos com o estande). Os representantes de Mato Grosso do Sul na feira foram o presidente da Associação Brasileira de Pecuária Orgânica, Homero Figliolini, Eduardo Caldas, da Conservation International, a consultora de agronegócios Ana Raquel Ribeiro, da Agricon, e o presidente do Instituto Biodinâmico, Dennis Ditchfield.

Segundo Ana Raquel, Figliorini manteve diversos contatos, na procura de futuros negócios com possíveis interessados na carne orgânica do Pantanal. Também foi realizada uma pesquisa de opinião com vistantes e participantes do evento, para detectar o interesse existente na carne orgânica de Mato Grosso do Sul, a disposição em pagar prêmio pela carne orgânica e, também, para identificar o padrão de consumo local.

Produtos nacionais

Além da carne orgânica do Pantanal sul-matogrossense, também foram mostrados na feira vários produtos brasileiros, como a carne orgânica de Goiás e de Mato Grosso, uva, vinhos, suco de laranja (com a presença da marca Citrovita do Grupo Votorantin), café, açúcar, mel, arroz, doce de banana, sorvetes, entre outros.

Foi constatado na feira, segundo Ana Raquel, que tanto para a carne orgânica quanto para outros produtos a demanda é maior do que a oferta desses produtos. “Apesar disso não vai ser tão fácil colocar os produtos orgânicos na Europa pois, como ocorre em relação aos produtos tradicionais, nos orgânicos também existe o protecionismo europeu”, afirmou a consultora.

Ela também explicou que existe uma grande burocracia envolvendo as exportações de orgânicos, “ainda maior do que a dos produtos tradicionais”, o que representará dificuldades para os exportadores brasileiros competirem com os europeus, como a Austrália, a Itália e a própria Alemanha. Salientou também que o mercado europeu exige muita qualidade e constância no fornecimento.

Fonte:Correio do Estado/MS (por Maurício Hugo), adaptado por Equipe BeefPoint

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