Em reunião realizada entre Governo Estadual do MS e Mapa, foi discutida a criação da chamada "área de vigilância sanitária epidemiológica especial" nos municípios de Japorã, Eldorado e Mundo Novo, no sul de MS, em função dos resultados sorológicos realizados de outubro a janeiro que confirmaram a existência de circulação viral na região.
Em reunião realizada na Governadoria no sábado, em Campo Grande, entre Governo Estadual do MS e Mapa, foi discutida a criação da chamada “área de vigilância sanitária epidemiológica especial” nos municípios de Japorã, Eldorado e Mundo Novo, no sul de MS, em função dos resultados sorológicos realizados de outubro a janeiro que confirmaram a existência de circulação viral na região, onde em outubro de 2005 foram registrados focos de febre aftosa.
A área de restrição sanitária, que chegou a ser sugerida para todos os 14 municípios que fazem fronteira com o Paraguai e Bolívia, deverá restringir apenas parcialmente as comercializações de produtos in natura dos municípios de Japorã, Eldorado e Mundo Novo.
Desde 31 de janeiro, o Governo de MS e o Ministério da Agricultura discutem medidas que possam garantir eficiência à OIE no controle da febre aftosa na região da fronteira internacional. Inicialmente, o Governo cogitou a criação de uma área restrita em toda a fronteira, mas recuou – em função dos prejuízos que a medida causaria para municípios que não apresentam problemas sanitários – e decidiu manter restritos apenas os três municípios que já estavam interditados desde 2005.
Segundo relatório do Ministério da Agricultura, pelo menos 2,7% do total de 11.449 bovinos investigados apresentaram resultados reagentes e agora deverão ser abatidos nos frigoríficos. No entanto, a vigilância sanitária realizada na região pode apontar novos animais reagentes que também seguirão para abate. “Abateremos nos frigoríficos todos os animais que nos causarem dúvidas. Mas não temos focos de aftosa, apenas suspeita de que o vírus da doença possa estar rondando os três municípios”, disse Puccinelli. O governador voltou a afirmar que a medida é preventiva e se antecipa a uma visita dos técnicos da OIE, agendada para os próximos 40 dias. Os técnicos estarão no estado para fiscalizar as ações adotadas na fronteira.
As informações são de Marco Antônio Gehlen, para o Correio do Estado/MS.