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MS: proposta para recuperação na área interditada

Conforme anunciou o governador, os municípios afetados com a criação da Área de Proteção terão compensações que vão da isenção de ICMS para os frigoríficos locais e incentivos ao abate nos municípios. Todo gado daquela região deverá ser abatido, desossado e maturado para a comercialização, inclusive com outros países.

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, anunciou no sábado (10) para a imprensa que os municípios de Eldorado, Mundo Novo e Japorã são Área de Proteção e Vigilância Epidemiológica. Através dessa decisão, o governo tenta recuperar o status de Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação concedida pela OIE, decisão que deve ocorrer em maio.

A decisão de estabelecer uma Área de Proteção e Vigilância Epidemiológica no MS veio depois da Nota Técnica apresentada pelos representantes do Mapa, o secretário de Defesa Agropecuário, Gabriel Maciel, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Jamil Gomes de Souza (ver notícia).

Conforme anunciou o governador, os municípios afetados com a criação da Área de Proteção terão compensações que vão da isenção de ICMS para os frigoríficos locais e incentivos ao abate nos municípios. Todo gado daquela região deverá ser abatido, desossado e maturado para a comercialização, inclusive com outros países. “Os incentivos serão apenas para a carne processada nesses frigoríficos”, explicou Puccinelli. Já o trânsito em pé desses animais fica restrito apenas para os três municípios.

Também será feita uma varredura (sorologia) mensalmente e qualquer suspeita da doença, o animal será abatido no frigorífico para o consumo interno dessa carne. As informações são da assessoria de imprensa da Famasul.

Segundo notícia da Agência Folha, por Hudson Corrêa, os incentivos devem custar R$ 18 milhões ao governo estadual durante seis meses. Nesse período, a proposta é reduzir o rebanho de 160 mil cabeças e, em conseqüência, a circulação do vírus em Eldorado, Mundo Novo e Japorã, municípios interditados pelo Ministério da Agricultura.

“Temos um rebanho de 160 mil cabeças na região. Se abatermos metade, está bom. Ninguém agüenta mais isso. Estamos há 13 meses com isso [municípios interditados]”, afirmou o superintendente da Agricultura de Mato Grosso do Sul, Orlando Baez. Segundo ele, a estratégia de abate em frigoríficos para prevenir a aftosa é inédita no país.

A assessoria de Puccinelli informou à Agência Folha que o governo poderá obrigar, por meio de fiscalização, produtores a abater o gado, caso eles não aceitem a medida. A prioridade serão as que tiveram exames reagentes para o vírus em testes feitos de outubro de 2006 a janeiro deste ano.

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  1. Luiz F. A. Marques disse:

    Esta parece boa solução a médio prazo: menor população de animais e um menor risco biológico. Podemos esperar que em pouco tempo os traços da doença e o fantasma do prejuízo, tendem a desaparecer.

    Como dito, a médio prazo, a implementação da idéia pode decretar o fim do mercado ruim naquela região. A curto prazo, assim que os abates forem intensificados, os preços cairão mais ainda; nesse meio tempo, a atividade esfria com a falta do produto, mas aqueles que conseguirem se manter, estarão capitalizados em um novo mercado comprador.