A participação de fêmeas no abate total de fêmeas, nos primeiros cinco meses do ano, em 2012 chegou a 33%, superior à média registrada nos anos anteriores, quando apresentou 31% em 2011 e 2010, e 29%, 28% e 27% em 2009, 2008 e 2007, respectivamente.
Os abates de bovinos no mês de maio em Mato Grosso chegaram a 478,5 mil cabeças, levando a um aumento da produção de 16,7% em relação ao mês de abril. Essa grande oferta é próxima da máxima de 2011, quando no mês de agosto foram abatidas 477,6 mil cabeças, e é o maior abate mensal desde agosto de 2007, em que foi registrado o abate de 494,5 mil cabeças.
Apesar deste aumento dos abates em relação ao mês anterior, a média do abate diário nas indústrias do Estado em maio se elevou para 21.751 cabeças/dia, valor 6,1% superior à média de abril e 4,8% acima da média de agosto de 2011. E esse aumento da oferta acabou por pressionar os preços do boi gordo naquele mês, quando os frigoríficos trabalharam com escalas chegando à casa de oito dias de média. E como já vinha sendo observado, as fêmeas têm grande parte da responsabilidade por esse aumento dos abates no Estado, participando com 50,8% do rebanho destinado aos frigoríficos, com isso o abate acumulado neste ano foi para 2,205 milhões de cabeças, revelando uma alta de 15,0% em relação ao ano passado.
Oferta e demanda
Apesar da ligeira redução da representação de fêmeas nas escalas, o abate total de fêmeas em Mato Grosso registrou no mês de maio uma participação recorde de fêmeas jovens no rebanho. As fêmeas com faixa etária abaixo de 36 meses, registraram um volume de 92,4 mil cabeças, respondendo por 38% do total de 243,1 mil cabeças. Isso representou um aumento do número de fêmeas jovens de 26% em relação ao mês de abril e uma alta de 38% em comparação aos abates em maio do ano passado.
Com isso, a participação delas no abate total de fêmeas, nos primeiros cinco meses do ano, em 2012 chegou a 33%, superior à média registrada nos anos anteriores, quando apresentou 31% em 2011 e 2010, e 29%, 28% e 27% em 2009, 2008 e 2007, respectivamente.
Preços da semana
O preço médio do boi gordo apresentou uma queda de -0,84%, fechando em R$ 82,35/@. A variação mais expressiva foi registrada no preço médio da vaca gorda, que teve uma variação negativa de 1,10%, cotada a R$ 73,76/@, que representa uma queda de R$ 0,82 em seu preço médio.
Noroeste: com o preço mais estável dentre as regiões cotadas, o preço médio semanal praticado na região foi de R$ 82,45/@, obtendo uma leve queda de 0,09%.
Norte: com uma média semanal de R$ 82,34/@, esta porção do Estado registrou uma variação negativa de 0,70%, representando uma queda de R$0,58 em sua média semanal.
Nordeste: variando negativamente 0,38%, o nordeste obteve uma média semanal de R$ 80,44/@, chegando a ser cotado pelo valor mínimo de R$79,64/@, o menor do Estado.
Médio-Norte: a região apresentou uma média semanal de R$ 82,52/@ com uma ligeira variação negativa de R$ 0,23. O preço máximo registrado foi de R$ 82,77/@.
Oeste: com a arroba do boi gordo à vista negociada a R$ 82 no município de Araputanga na quarta-feira, a média semanal registrou um recuo de 1,31% em seu preço, o que representa uma queda de R$ 1,10 em seu valor. Fechou a semana cotada a R$ 82,98.
Centro-Sul: a região apresentou a maior variação no preço da arroba do boi gordo à vista, 1,84%. Isso representa uma queda de R$ 1,56 no seu preço médio semanal. O preço mínimo verificado foi de R$ 83,95/@ e chegou a ser cotado pelo valor máximo de R$ 83,11/@.
Sudeste: esta parte do Estado registrou uma desvalorização de 0,98% em seu preço, em relação ao fechamento da semana anterior, quando a arroba esteve cotada a R$ 83,61. Isso representou uma queda de R$ 0,82 em seu preço médio semanal.
Reposição
As categorias de gado para reposição registraram desvalorizações em seus preços médios na comparação com o mês de junho do ano passado. O movimento de baixa na reposição se deu principalmente pelo menor patamar em que passou a trabalhar o preço médio da arroba do boi gordo em Mato Grosso, que obteve queda de 2,3% no acumulado de 12 meses, passando de R$ 85,2 em junho de 2011 para R$ 83,3 na média do último mês.
No entanto, apesar da pressão de baixa que fez o preço pago pela indústria no Estado registrar queda de 0,2% na comparação do mês de junho com o mês anterior, o mercado de reposição não se abateu e registrou um leve aquecimento, obtendo uma recuperação no preço médio das categorias no mesmo período.
Fonte: IMEA, adaptada pela Equipe BeefPoint.