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MT: Maggi e produtores discutem moratória da carne

O governador Blairo Maggi, recebeu nesta terça-feira (13) no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, um grupo de produtores e entidades ligadas ao setor produtivo de Mato Grosso, para discutir a moratória da carne, que restringe a compra de animais do bioma amazônico. Os produtores questionaram o governo quanto a participação de Blairo Maggi, no ato de assinatura da moratória. O governador reafirmou não ter assinado o acordo com frigoríficos e Ongs.

Atendendo solicitação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, o governador Blairo Maggi, recebeu nesta terça-feira (13) no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, um grupo de produtores e entidades ligadas ao setor produtivo de Mato Grosso, para discutir a moratória da carne, que restringe a compra de animais do bioma amazônico. Os produtores questionaram o governo quanto a participação de Blairo Maggi, no ato de assinatura da moratória. O governador reafirmou não ter assinado o acordo com frigoríficos e Ongs.

Rui Prado ressaltou a importância do Governo ter aberto um canal de conversação sobre a moratória, uma vez que a inserção dos produtores na regularização ambiental depende exclusivamente dos mecanismos do Estado, o que segundo ele ainda não é suficiente para atender a demanda. De acordo com a Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente), das 140 mil propriedades estimadas em Mato Grosso, cerca de 38% já obtiveram a LAU (Licenciamento Ambiental Único).

“Precisamos do aparato do Governo para que todos possam agir na legalidade. Vemos no MT Legal e no novo Código Ambiental Brasileiro perspectivas de que a questão ambiental seja resolvida, enquanto isso os frigoríficos não podem ser mais restritivos do que a própria legislação. Isso nos preocupa muito”, salientou.

“O Governador Maggi não defende o desmatamento zero, pelo contrário, é favor que o produtor que tenha áreas a desmatar estando dentro da lei, exerça seu direito. O Estado ofereceu o MT Legal como instrumento para que os produtores se regularizem”, disse o secretário-chefe da Casa Militar, Alexander Maia.

Para o deputado federal Homero Pereira, a reunião foi bastante oportuna, uma vez que o setor produtivo mato-grossense tem sido constantemente penalizado e vivido um momento de expectativas quanto às questões ambientais.

“Não podemos ser pautados por Ongs internacionais que não tem compromisso com o país. Devemos sim, ressaltar o nosso ativo ambiental que é de mais de 60%, e ser pautado pela lei, o que já está sendo trabalhado com muita responsabilidade no âmbito federal”, afirmou o parlamentar.

O presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Mário Candia, comentou que a informação de que Maggi assinaria a moratória “foi deturpada, pois o governador não assinou nada. Participou apenas como convidado”. Candia acrescentou que os produtores irão se reunir nas próximas semanas com representantes dos frigoríficos para discutir o assunto. Segundo ele, alguns produtores estariam sendo discriminados.

As informações são da Famato e da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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