Na última sexta-feira (13), 70 pecuaristas de Mato Grosso decidiram bloquear por tempo indeterminado, a partir de domingo (15), a entrada de bois na unidade de abate do frigorífico Quatro Marcos no município de Alta Floresta, localizada a 812 km da capital Cuiabá. O aviso de bloqueio da entrada de gado no frigorífico foi feito pelos pecuaristas no inicio da semana.
Na última sexta-feira (13), 70 pecuaristas de Mato Grosso decidiram bloquear por tempo indeterminado, a partir de domingo (15), a entrada de bois na unidade de abate do frigorífico Quatro Marcos no município de Alta Floresta, localizada a 812 km da capital Cuiabá. O aviso de bloqueio da entrada de gado no frigorífico foi feito pelos pecuaristas no inicio da semana.
Segundo os produtores, foi realizada uma tentativa de negociação há cerca de 30 dias com a empresa JBS-Friboi, uma vez que é parceira comercial do frigorífico Quatro Marcos, para que houvesse uma proposta de quitação dos débitos junto aos fornecedores. “Como não houve nenhuma proposta do Friboi nem do Quatro Marcos, tomamos a decisão de paralisação dos abates por tempo indeterminado”, explicou Moises Prado dos Santos, que tem R$ 175 mil para receber do Quatro Marcos desde o dia 15 de dezembro de 2008.
Os pecuaristas também decidiram que não irão esperar a definição de pagamento desta dívida na aprovação do Plano de Recuperação Judicial do Quatro Marcos, que será votada na AGC (assembleia geral de credores) no próximo dia 3 de dezembro às 11 horas, no Centro Comercial Alphaville, no município de Barueri – SP. “Quando o Friboi arrendou os frigoríficos, sabia dessa situação. Não vamos mais esperar a assembleia geral, queremos negociar nossa divida agora. Enquanto não for apresentada uma proposta decente, o frigorífico não vai abater nenhum boi”, disse Moises dos Santos.
A Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, que acompanha todo processo de negociação desde o início, apoia a decisão dos pecuaristas por acreditar que “eles tentaram negociar uma dívida de mais de um ano antes de tomar essa decisão e os frigoríficos não tomaram nenhuma providência”, alegou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
“O JBS-Friboi, se quiser continuar mantendo uma relação comercial com os pecuaristas de Mato Grosso, o maior produtor de gado do Brasil, com 26 milhões de cabeças, deve mudar sua maneira de agir. O pecuarista é o grande responsável pela manutenção dessa importante cadeia econômica, pois sem boi não tem carne”, alertou.
A planta do Quatro Marcos de Alta Floresta tem capacidade de abate diário de 800 cabeças de gado. Além dessa unidade, o grupo JBS-Friboi arrendou outras quatro plantas do frigorífico Quatro Marcos que estavam desativados em Mato Grosso, desde o pedido de recuperação judicial, no final de 2008. As unidades ficam nas cidades de Juara (com capacidade de abate diário de 825 animais), Alta Floresta (800 animais/dia), Colíder (700 animais/dia), Cuiabá (800 animais/dia) e São José dos Quatro Marcos (900 mil animais/dia).
As informações são da Acrimat, adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Vejo com bons olhos esta atitude da associação dos criadores de Mato Grosso, sendo assim eles se unem e, é disso que o Brasil está precisando de muita força e união. Sou técnico e atuo em uma carteira rural de um banco, e conheço de perto toda situação por que passa esses abnegados do setor. É isso ai vamos protestar pela dignidade de quem produz parabéns pela atitude.
Meus parabéns aos pecuaristas pela grande iniciativa e coragem. É pena que ainda estamos a mercê de uma legislação que favorece aos detentores de grandes capitais ao custo da exploração dos trabalhadores, e que somente com ações como esta que os produtores se fazem reconhecidos e respeitados perante ao agronegócio.
SERA QUE OS PRODUTOR DA CONTA DE SE UNIR DE VERDADE , SO ACREDITO VENDO .
O pecuarista é o grande responsável pela manutenção dessa importante cadeia econômica, pois sem boi não tem carne”, alertou.
ESTA FRASE O DIA QUE OS PRODUTORES SOBER O QUE ELA SIGNIFICA VAO , DAR VALOR AO SEU BOI E NAO DEIXAR OS FRIGORIFICOS FAZER O QUE QUER DELES .
MAS SO ACREDITO VENDO .
ABRAÇOS A TODOS
CESAR SERAFIM
Nada mais justo o procedimento dos pecuaristas, acredito que em uma segunda etapa, devam sentar e acertar todas estas pendências. Afinal o pecuarista é um apaixonado pela profissão, mais não vive sem o dinheiro, sendo que esta margem cada dia que passa torna-se menor.
Sucesso a todos!
Esse é o primeiro passo para a união de uma classe desunida.
Parabéns aos produtores, de Mato Grosso, pela coragem ao tomar essa atitude e a Acrimat ao apoiá-la.