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MT: preço da arroba do boi gordo apresentou alta de 17,80%, saindo de R$ 84,83 em fevereiro/13 para R$ 99,93 em fevereiro/14 [IMEA]

Analisando-se todas as categorias do gado de reposição pode-se observar alta em todas elas. Dentre essas categorias podemos destacar a bezerra, que em fevereiro/13 foi cotada a R$ 475,03/cabeça e em fevereiro/14 o preço médio foi de R$ 590,80/cabeça, maior variação positiva entre todas as categorias (24,37%). Nos bovinos machos, a categoria de destaque é o bezerro, que apresentou valorização de 20,23% na comparação anual, partindo de R$ 695,49/cabeça em fevereiro/13 para R$ 836,18/cabeça em fevereiro/14. Um dos motivos dessa alta no gado de reposição é o aumento no preço da arroba do boi gordo que, no período analisado, apresentou alta de 17,80%, saindo de R$ 84,83 em fevereiro/13 para R$ 99,93 em fevereiro/14.

Oferta e demanda

O levantamento de preços da carne bovina desossada no varejo cuiabano encontrou um teto no ano de 2014, registrado na penúltima semana de janeiro/14. Repare na figura a lado que, após a cotação média de R$ 16,41/kg, a carne bovina passou por ajustes negativos e não mais voltou aos patamares do início de janeiro/14. Ainda assim, o preço médio dos cortes cárneos desossados está acima dos R$ 16,00/kg, valor comparável com os que eram praticados antes da desoneração dos impostos federais sobre a cesta básica e a carne bovina na segunda quinzena de março/13. Durante o levantamento de preços dessa semana, houve relatos de que os cortes cárneos desossados mais nobres estavam com baixa demanda, explicando os ajustes negativos para a picanha e o filé mignon. Por outro lado, cortes menos nobres, até mesmo do dianteiro bovino, ganharam uma demanda “extra” e assim apresentaram reajustes positivos nos preços no varejo de Cuiabá.

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Preços da semana

O preço médio atual da arroba do boi gordo apresentou variação positiva de 1,63% em relação à média da semana passada, essa é a quinta alta semanal consecutiva. A arroba da vaca gorda seguiu a mesma tendência da arroba do boi gordo e fechou a semana com o preço médio de R$ 94,64, valorização de 1,32% em relação à média da semana anterior, que foi de R$ 93,41.

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Noroeste: nessa região a arroba do boi gordo foi cotada a R$ 100,37, variação positiva de 1,44% em relação à média da última semana, quando a cotação foi de R$ 98,95.

Norte: a arroba do boi gordo nessa região apresentou alta de 1,34% em comparação ao preço da semana passada. É a única região com média de preço abaixo de R$ 100,00/@.

Nordeste: nessa região a arroba do boi gordo demonstrou variação positiva de 1,42% em comparação ao preço médio da semana passada, terminando com a cotação de R$ 100,27.

Médio-Norte: a média semanal da arroba do boi gordo foi de R$ 100,61, valorização de 1,47% em relação à média da semana passada, que foi de R$ 99,15.

Oeste: o preço médio da arroba do boi gordo na região foi de R$ 104,54, apresentando a segunda maior valorização dentre todas as macrorregiões (1,72%), quando comparada ao preço médio da semana passada, de R$ 102,77. No município de Jauru a média semanal foi de R$ 104,97/@, cotado na quinta-feira.

Centro-Sul: a arroba do boi gordo terminou a semana cotada a R$ 104,60, apresentando variação positiva de 1,64% em relação ao preço cotado na semana passada (R$ 102,61). Em Acorizal, o preço referência do Imea foi de R$ 105,00/@.

Sudeste: com valorização de 2,23%, a região apresenta o maior preço referência do Imea para a arroba do boi gordo dentre todas as macrorregiões do estado (R$ 105,06).

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Reposição

Analisando-se todas as categorias do gado de reposição pode-se observar alta em todas elas. Dentre essas categorias podemos destacar a bezerra, que em fevereiro/13 foi cotada a R$ 475,03/cabeça e em fevereiro/14 o preço médio foi de R$ 590,80/cabeça, maior variação positiva entre todas as categorias (24,37%).

Nos bovinos machos, a categoria de destaque é o bezerro, que apresentou valorização de  20,23% na comparação anual, partindo de R$695,49/cabeça em fevereiro/13 para R$ 836,18/cabeça em fevereiro/14. Um dos motivos dessa alta no gado de reposição é o aumento no preço da arroba do boi gordo que, no período analisado, apresentou alta de 17,80%, saindo de R$ 84,83 em fevereiro/13 para R$ 99,93 em fevereiro/14.

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Relação de troca

O milho é componente fundamental para dietas de confinamento de bovinos. De acordo com os preços do Imea, o preço médio da saca de milho evoluiu 49,67% de outubro/13 para fevereiro/14, com preços nominais variando de R$ 10,28 para R$ 15,39, nos meses citados.

Enquanto isso, no mesmo período, a arroba do boi gordo registrou uma variação positiva de 4,62%, apresentando em outubro/13 o valor de R$ 95,08 e R$ 99,48 em fevereiro/2014. A partir desta análise, verifica-se que o poder de compra do bovinocultor de corte diminuiu significativamente, pois em outubro/13 era possível adquirir 9,25 sacas/@, já em fevereiro/2014 foi possível comprar 6,47 sacas/@. Como é perceptível, a tendência de alta do milho é forte, porém ainda existe milho disponível no mercado, o que pode gerar oportunidades de negócios aos preços atuais.

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Mercado futuro em SP

Nominalmente, se os preços futuros do boi gordo se confirmarem para outubro/14, poderão ser vistos os melhores preços da história. Entretanto, será que o ágio de fevereiro para outubro está bom? Quando analisada a figura ao lado, notam-se anos com ágio ora acima, ora abaixo da média (10,06%), sendo em 2014 esperado um ágio abaixo da média.

Assim, o mercado acredita que o preço médio nominal de R$ 117,78/@ de fevereiro/14 vai chegar a R$ 123,94/@ em outubro/14, alta de 5,22%. Outra informação importante é o fato de que mais vezes na história o ágio foi menor que a média, existindo em quatro oportunidades deságios de fevereiro para outubro. Em termos práticos, para aqueles que já estão e planejando para a temporada de confinamento de 2014 pode ser o momento de travar seus custos, de aproveitar o ágio.

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Exportação de carne bovina do MT

A divulgação dos dados de exportações realizada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) demonstrou uma queda na receita e volume de miúdos bovinos. Para se ter uma ideia, em dezembro/13 a receita foi de US$ 7,10 milhões, já em janeiro/14 foi de US$ 6,36 milhões, variação negativa de 10,41% no período. Em relação ao volume exportado de miúdos bovinos houve queda de 22,57% na comparação mensal, em dezembro/13 foram exportadas 3,07 mil toneladas de miúdos bovinos e em janeiro/14 2,37 mil toneladas.

Um ponto relevante no mês de janeiro/14, constatado também com a receita da carne in natura, foi o registro do melhor janeiro da história para a receita com as exportações de miúdos bovinos. Neste contexto, quando se compara o melhor resultado anterior (janeiro/13), nota-se que a receita evoluiu 6,90%, saindo de US$ 5,95 milhões em janeiro/13 para US$ 6,36 milhões em janeiro/14.

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Fonte: IMEA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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