Os produtores rurais da região de Cáceres negam a falta de animais para o abate, conforme foi anunciado pela imprensa nacional devido às férias coletivas concedidas pelo JBS/Friboi na unidade da cidade. De acordo com a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o maior rebanho está localizado justamente em Cáceres e no entorno, o que não justificaria a interrupção das atividades. O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, afirma que o Estado passa por restrição de oferta, mas que não falta boi. "Ações como essas são uma estratégia das empresas, elas paralisam para não pagar o que o produtor quer".
Os produtores rurais da região de Cáceres negam a falta de animais para o abate, conforme foi anunciado pela imprensa nacional devido às férias coletivas concedidas pelo JBS/Friboi na unidade da cidade. De acordo com a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o maior rebanho está localizado justamente em Cáceres e no entorno, o que não justificaria a interrupção das atividades.
O presidente do Sindicato Rural de Cáceres, João Oliveira Gouveia Neto, diz que o frigorífico ainda não anunciou formalmente a paralisação aos pecuaristas e que a empresa continua comprando, apesar de não haver abates na cidade, para abastecer outras plantas.
O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, afirma que o Estado passa por restrição de oferta, mas que não falta boi. “Ações como essas são uma estratégia das empresas, elas paralisam para não pagar o que o produtor quer”.
O presidente do Sindifrigo, Luiz Freitas, diz que há tempos eles anunciam a escassez de animal pronto para abate. De acordo com Freitas, o atual rebanho não preenche 60% da capacidade de abate e que o fechamento de unidades ocorre em virtude disso. “Não temos boi suficiente para a capacidade e é por isso que empresas estão fechando. Os custos de um frigorífico são muito altos e inviabiliza trabalhar por muito tempo aquém do que é possível”. Freitas anunciou a paralisação as atividades de seu frigorífico, o Pantanal, em julho deste ano.
A restrição na oferta de bovinos, que está levando frigoríficos a reduzir suas atividades, deve se estender mais que o esperado, segundo analistas desse mercado. “Minha expectativa era que o ciclo virasse em 2011, mas isso deve demorar mais que o esperado. O ano que vem ainda deverá ser um ano de retenção e oferta restrita”, afirmou Alexandre Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Agro.
A matéria é de Laís Costa Marques do A Gazeta, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Senhores,se tem bois para abate como afirmam,porque então não se unem em cooperativa (s),arrendam ou compram plantas e abatem?
Saudações,
EVÁNDRO D. SÀMTOS.
Prezado Evandro,
Já lhe passou pela cabeça, algum pensamento do tipo:
“Mas e se os produtores não possuem o controle da cadeia de distribuição,
de que lhes adiantaria arrendar e abater, se não teriam a quem vender…”
O negócio está na mão de quem controla a cadeia de distribuição, e não se consegue este tipo de controle de um dia para outro…
Sendo necessário ainda: Logística apurada, garantia de fornecimento, padronização do produto e o principal, ” renúncia a vaidades individuais de cada um dos possíveis integrantes da dita Cooperativa (talvez a parte mais difícil da empreitada)…
Forte abraço, saúde e sorte…
JMM
Não sei se esta faltando boi ou se o que aconteceu foi que sem perceber almoçamos o jantar enquanto os frigoríficos, contando com crédito farto até 2008, ampliaram excessivamente a capacidade de abate instalada.
A verdade é que a acelaração do processo de terminação iniciado a uns 10 anos atrás, especialmente com a expansão dos confinamentos e semi-confinamentos, avançou em cima de um estoque de bois mais velhos disponível no mercado, não apenas dos animais da “safra”. Em outras palavras estavamos “comendo” mais bois que estavamos produzindo bezerros. Mas este estoque de animais mais velhos veio sendo consumido e cada vez mais os terminadores tem que contar apenas com os animais da “safra”.
E este processo, aliado ao abate ciclico de femeas, fez com que subissem os preços dos animais de reposição muito acima da arroba, reduzindo significativamente o volume de animais confinados em 2010.
Junte isto com o excesso da capacidade de abate instalada, os altos custos fixos e o crédito escaso e dá no que estamos vendo.
Att,