Cresceu pouco: De acordo com os dados do 3o levantamento sobre as intenções de confinamento do Estado de Mato Grosso, o rebanho confinado em 2015 cresceu apenas 5,2% em relação a 2014, totalizando 669,89 mil cabeças. As regiões médio-norte, sudeste e oeste continuam sendo as principais, somando juntas 62,6% de todo o rebanho confinado do Estado. Apesar do leve crescimento, o volume de animais fechados em 2015 ficou bem abaixo do projetado no início do ano pelos produtores, quando as intenções chegaram a 789,66 mil cabeças. O cenário altista da arroba do boi naquela época era o principal fator motivador para tamanho crescimento, porém a elevação dos custos com a compra da reposição e dos insumos freou o ímpeto dos confinadores. Isso pode ser explicado pelo encurtamento da margem que, na média deste segundo semestre, deve fechar em apenas R$ 4,66/cabeça, enquanto no ano passado a média foi de R$ 269,87/cabeça.
– Tanto a arroba do boi gordo como a da vaca gorda valorizaram ao longo da última semana, com aumentos de 0,76% e 0,93%, respectivamente.
– Para o contrato futuro com vencimento em dezembro de 2015, houve desvalorização de 0,54%, fechando a semana em R$ 150,58/@.
– O diferencial de base SP-MT apresentou queda novamente, desta vez de 0,94 p.p. fechando a semana com média de 14,74%.
– O preço do bezerro valorizou ao longo da última semana em 0,97%, chegando ao valor médio de R$ 1.297,50/cab.
Margem espremida: Apesar dos altos preços da arroba do boi gordo, o rebanho confinado em Mato Grosso cresceu apenas 5,2% em 2015. O alto custo, principalmente com a compra da reposição, pressionou a margem e limitou o crescimento da atividade. No 3o levantamento sobre as intenções de confinamento em 2015, o Imea constatou um aumento de 10,1 p.p. no uso da comercialização do boi a termo, que possibilita a negociação de bois com entrega futura. Segundo o instituto, o aumento deste tipo de comercialização, além de ser benéfico para a cadeia, pode assegurar a rentabilidade e melhorar a gestão dos confinamentos, mitigando os riscos intrínsecos à atividade. Para exemplificar, caso o produtor tivesse travado o preço de venda em abril para entrega em outubro, a margem por animal teria sido de R$ 70,04, enquanto no mercado spot, no mesmo mês, a margem foi negativa em R$ 17,08/cabeça.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
1 Comment
Excelente material. Um verdadeiro guia BeefPoint.
Hoje sem a gestao precisa de rebanhos, visibilidade quantitativa e geografica da demanda dos frigorificos nao ha como fortalecer o setor. Apps de gestao como o BRABOV e o SAP Business One ajuda os produtores a crzar essas infos com sua realidade e tomar decisoes assertivas, diminuindo os riscos e destacando a produtividade e expansao.
Parabens!
Antonio Claudio Lot
11-99105-4242