A indústria de carnes vermelhas da Nova Zelândia está considerando montar uma plataforma comercial, similar à que a cooperativa de lácteos Fonterra Cooperative Group fez para os produtos lácteos, visando estabelecer preços de referência para as commodities.
A indústria de carnes vermelhas da Nova Zelândia está considerando montar uma plataforma comercial, similar à que a cooperativa de lácteos Fonterra Cooperative Group fez para os produtos lácteos, visando estabelecer preços de referência para as commodities.
O leilão online da Fonterra, globalDairyTrade, criou “um processo transparente e competitivo para fixação de preços de commodities comercializadas em massa”, de acordo com o primeiro relatório do grupo estabelecido para direcionar a Estratégia do Setor de Carnes Vermelhas. O grupo inicialmente produzirá um documento de discussão sobre uma plataforma comercial online para commodities de carne de menor valor e subprodutos.
“Muitas companhias lutam para entender o valor dos subprodutos commodities”, disse o presidente do Beef Lamb e membro do Grupo de Cooperação de Estratégia, Mike Petersen. “A questão revelada no relatório é a falta de transparência nos subprodutos, em particular. Existe uma grande quantidade de vendedores e compradores e eles não estão lidando com grandes volumes”.
A indústria de carnes da Nova Zelândia não tem os mesmos volumes de commodities que a Fonterra vende, como o leite em pó. Um produto que pode se encaixar nisso é, por exemplo, a gordura. As exportações da Nova Zelândia de produtos como farinha de carne e ossos e gordura têm um valor de cerca de NZ$ 300 milhões (US$ 230,21 milhões) por ano.
As carnes e os miúdos geraram exportações de NZ$ 5,5 bilhões (US$ 4,22 bilhões) nos 12 meses até 31 de agosto, 12% das exportações totais de bens do país, ficando em segundo lugar e sendo aproximadamente metade do tamanho das exportações de lácteos. A indústria de carnes neozelandesa diz que as exportações anuais totais estão próximas a NZ$ 8 bilhões (US$ 6,13 bilhões).
Petersen disse que ainda precisa se convencer dos méritos de uma plataforma comercial, considerando que existem poucos subprodutos de carne que podem ser vendidos dessa forma, comparando-se com as commodities lácteas.
A reportagem é do site neozelandês Tvnz.co.nz, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.