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Novo acordo deve abrir apetite chinês por carne brasileira

O consumo de carne bovina subiu 13% em quatro anos na China e a produção avançou 5%, o que dá a dimensão da importância da abertura do mercado chinês para novos frigoríficos brasileiros.

Os chineses consomem 7,3 milhões de toneladas de carne bovina, com produção de 6,8 milhões.

Apesar de ter o terceiro maior rebanho comercial do mundo –perdendo para Brasil e Índia–, os chineses mantêm no pasto só 100 milhões de cabeças de gado, pouco para um país daquela dimensão.

A abertura vai dar novas vantagens para as vendas brasileiras para aquele mercado, mas o crescimento deverá ser lento. Hoje, a China já consome carne brasileira, que entra via Hong Kong.

Em 2014, Hong Kong foi o líder nas importações brasileiras, ao comprar 401 mil toneladas de carne bovina por US$ 1,7 bilhão. O crescimento foi de 17% no valor e de 9% no volume. Já os chineses compraram apenas 115 toneladas, por US$ 486 mil.

O crescimento de renda dos últimos anos já garantiu boa evolução no consumo. Se a economia voltar a crescer com mais dinamismo, o poder de compra vai exigir ainda mais carne bovina.

Zan Linsen, diretor do Centro Nacional do Desenvolvimento de Carne Bovina na China, diz que o consumo médio de carne bovina ocupa novos espaços na dieta. Há duas décadas, a carne suína somava 95% do consumo de proteínas da China. Esse percentual caiu para 65%.

O maior consumo de proteínas beneficiará o Brasil também de forma indireta. A alimentação dos animais forçará a China a importar mais componentes para rações.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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