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Novo sistema irá rastrear bovinos

O sistema que permitirá identificar o rebanho bovino desde a sua origem até a entrada no frigorífico pode começar a ser implementado a partir de janeiro próximo. O ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, irá receber, na próxima semana, a proposta que irá definir o Sistema Brasileiro de Cadastro e Identificação de Animais a ser implementado no País.

A implantação desse sistema já vinha sendo pedida há anos pela União Européia, mas ficou ainda mais urgente depois da crise com o Canadá, em função das suspeitas de contaminação do rebanho brasileiro pelo mal da vaca louca.

A proposta foi elaborada por um grupo criado pelo próprio Ministério, com a participação de representantes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (Abiec). O sistema compreende uma base de dados informatizada, controle de identificação dos animais cadastrados e registro dos animais cadastrados. O secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos de Oliveira, informou, nesta sexta-feira, que, a princípio, a participação dos criadores no programa será voluntária, sendo que o proprietário irá escolher o mecanismo para identificar o seu rebanho, conforme o modelo disponível no mercado (chip, brinco, ou marca).

Após a aprovação do projeto pelo ministro, o Ministério da Agricultura vai receber a inscrição das entidades de classe interessadas em atuar como certificadoras do novo sistema. Essas entidades vão identificar e registrar os animais das propriedades que optaram por participar do projeto e que se registraram junto ao Ministério. O documento de identificação dos animais deverá conter informações referentes à propriedade de origem, data de nascimento, sistema de criação e alimentação, e registro de movimentação dos animais quando estes forem vendidos. No caso de morte do animal, o documento de identificação será devolvido à certificadora que o emitiu. Todas as despesas decorrentes do processo de identificação serão cobertas pelo proprietário.

A identificação dos bovinos atende a uma exigência da União Européia para continuar importando a carne bovina brasileira. Por isso, as propriedades que irão participar do programa estão localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Fonte: O Estado de São Paulo, por Gecy Belmonte, adaptado por Equipe BeefPoint

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