Por Afonso Velho, Eduardo Severo Leon e Glaucia Heylmann
O clima atual de incerteza política e econômica, tanto no cenário nacional como no internacional, devido às situações de China e Grécia, impacta em todos os setores da economia, inclusive no agronegócio.
Dentre as consequências da instabilidade está o aumento dos custos da produção rural. Os insumos e os investimentos rurais em equipamentos, máquinas e implementos ficam mais onerosos devido à elevação dos preços, provocada pela alta do dólar.
Além disso, também devido ao momento atual da economia, os financiamentos para custeio e investimentos têm a liberação dificultada pelas instituições financeiras, o que é natural em momentos de insegurança econômica. E, ainda que se consiga a liberação perante o banco, os juros costumam ser mais elevados, o que também dificulta a utilização do crédito por parte de alguns produtores.
Esses fatores, provocados pela instabilidade do mercado, implicam elevação dos custos e na redução do fluxo de caixa, ocasionando uma recessão natural de investimentos por parte dos produtores.
Analisados todos esses aspectos, o seguinte questionamento é inevitável: Qual será o impacto da redução de investimentos no resultado da atividade rural a ser informada na declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física no próximo ano?
Investimentos (como em aquisição de tratores, colheitadeiras, equipamentos e implementos), mesmo quando se dão através de financiamentos, são considerados como despesas no ano da compra no cômputo do cálculo do resultado da atividade rural. Além disso, a recessão nos investimentos, incentivada pelo cenário atual, pode acarretar em um maior resultado tributável na atividade rural, uma vez que o valor das “despesas” diminuirá consideravelmente.
Isto implicará maior resultado fiscal da atividade rural, cuja consequência será o aumento no Imposto de Renda a pagar. No entanto, planejando a gestão tributária do negócio a partir de agora, e não apenas às vésperas de abril de 2016 (mês de entrega da Declaração do Imposto de Renda do próximo ano), é possível diminuir os impactos da recessão de investimentos sobre o resultado fiscal e, consequentemente, reduzir a carga tributária.
Diante de todo o exposto, a Safras & Cifras conta com profissionais das mais diversas áreas de atuação, para que, a partir da elaboração de um planejamento tributário estratégico e de reestruturação do negócio familiar, contribua na operacionalização do empreendimento rural, alicerçando o trabalho em bases legais, a fim de alcançar a redução dos impostos incidentes sobre a atividade rural.
Por Edna Afonso Velho, Graduada em Geografia, Pós-graduada em Geografia do Brasil e Graduanda em Direito; Eduardo Severo Leon, graduado em Direito; e Glaucia Heylmann, graduanda em Direito, para o Safras & Cifras.