A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) pediu que as seis principais economias emergentes - Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul, que não são integrantes da organização - devem evitar o protecionismo e aprofundar as reformas comerciais.
A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) pediu que as seis principais economias emergentes – Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul, que não são integrantes da organização – devem evitar o protecionismo e aprofundar as reformas comerciais.
Para a OCDE, esses são passos-chave para que os países citados possam aproveitar os avanços que experimentaram nas duas últimas décadas e sairem mais fortes da atual crise global. Sobre o Brasil, o estudo fala que “os obstáculos regulamentares internos são uma barreira muito grande para o comércio e o investimento estrangeiros”. Ainda sobre a economia brasileira, o relatório acrescenta que “quase não houve liberalização das trocas comerciais desde as reduções das tarifas alfandegárias no final dos anos 80 e em meados dos anos 90”.
O diretor do Departamento de Agricultura e Comércio da OCDE, Ken Ash, disse que “o protecionismo não é a solução para enfrentar a crise econômica atual”. “A abertura das transações comerciais foi muito proveitosa para Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul, e os setores mais abertos de suas economias são os que obtiveram melhores resultados”, completou Ash. O relatório destaca a importância que a integração destas seis economias nos mercados mundiais teve para a economia global nas últimas décadas. Atualmente, esses países em conjunto somam metade da população e 13% da renda mundiais, enquanto a renda per capita do grupo continua crescendo.
O grupo também ganhou em importância no comércio mundial, embora com diferenças. China, Índia e Rússia se situam no mesmo nível que os países da OCDE de maior renda, com Brasil e África do Sul logo atrás, enquanto a Indonésia continua mais atrasada, diz a organização.
Apesar da abertura, o relatório considera “necessária atualmente uma segunda geração de reformas”, com uma redução maior das tarifas sobre a importação, uma reforma das regulamentações internas e uma maior abertura do setor de serviços. “As reformas de segunda geração, especialmente em matéria de regulamentação dos serviços, da segurança alimentar e de normas técnicas, de proteção da propriedade intelectual, dos mercados públicos, da administração aduaneira e das regras da concorrência, são um desafio essencial para todo o grupo”, informa o relatório da OCDE.
As informações são da Folha Online, adaptadas e resumidas pela Equipe AgriPoint.