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24 de novembro de 2010
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26 de novembro de 2010

Oferta pontual ajuda frigoríficos a forçarem recuo nos preços da arroba

Nesta semana os frigoríficos continuaram pressionando os preços da arroba do boi gordo. Na maioria das regiões ainda prevalece o sentimento de que a oferta é curta, mas diante dos recuos registrados nas últimas semanas muitos pecuaristas decidiram vender seus animais para aproveitar os preços altos e isso facilitou o preenchimento das escalas de abate. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo a prazo registrou variação negativa de 4,64% na semana, sendo cotado a R$ 112,25/@ na última quarta-feira.

Nesta semana os frigoríficos continuaram pressionando os preços da arroba do boi gordo. Na maioria das regiões ainda prevalece o sentimento de que a oferta é curta, mas diante dos recuos registrados nas últimas semanas muitos pecuaristas decidiram vender seus animais para aproveitar os preços altos e isso facilitou o preenchimento das escalas de abate.

Porém, alguns agentes do mercado comentam que está sendo abatido um volume grande de animais leves e com pouco acabamento e acreditam que estes bois irão fazer falta mais na frente mantendo a oferta curta nos próximos meses.

Na última quarta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 110,46/@, com desvalorização de 3,25% na semana. O indicador a prazo registrou variação negativa de 4,64%, sendo cotado a R$ 112,25/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

Segundo o Cepea, diante das recentes oscilações nos preços da arroba de boi no mercado paulista, parte dos pecuaristas e de frigoríficos consultados esteve recuada nos últimos dias. “De modo geral, o cenário ainda é de baixa oferta de animais para abate. Assim, as variações negativas registradas na semana passada são justificadas pelo aumento pontual das ofertas de alguns pecuaristas que, diante da forte pressão dos frigoríficos, acabaram cedendo”, completam os pesquisadores do Cepea.

O leitor do BeefPoint, Itamar Andreatta, de Cassilândia/MS, informou através do formulário de cotações do BeefPoint, que na sua região a arroba do boi gordo é negociada a R$ 99,00 e a da vaca a R$ 95,00, para pagamento à vista. “Aqui não vemos boiada gorda e muito menos pastagem de boa qualidade, desta forma não acredito nesta baixa. A meu ver é uma jogada dos frigoríficos e o pecuarista que tem um gordurinha para queimar vale a pena esperar”, completa.

Para Men De Sá Souto dos Reis, de Gurupi/TO, “a oferta ainda é muito aquém da demanda, com isto, acredito que os preços ainda continuaram firmes até final de dezembro, onde começaremos a ter a oferta do gado gordo a pasto. A tentativa dos abatedouros de puxarem os preços para baixo é terrorismo”.

Fernando Ferreira Giovine, de Paranavaí/PR, concorda com essas colocações e informa que na sua região a situação é semelhante.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

O leitor Agnaldo Brito, comentou que na região de Governador Valadares?MG os preços recuaram em relação a duas semana e informou que hoje o boi gordo é negociado a R$ 97,00/@, com 10 dias de prazo.

Ao contrário do que aconteceu na semana passada e do movimento que vem sendo observado no mercado físico, a BM&FBovespa registrou valorização em todos os contratos de boi gordo negociados. O primeiro vencimento, novembro/10, terminou o último pregão (24/11) valendo R$ 109,10/@, com variação positiva de R$ 4,31 na semana.

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 17/11/10 e 24/11/10

Segundo o Boletim Intercarnes, no atacado a procura por carne bovina segue fraca desde o início da semana, enquanto a oferta apresentou volumes mais expressivos, sinalizando efetivamente excedentes e gerando maior instabilidade quanto a preços. Para os próximos dias é esperado um cenário de indefinição e instabilidade até um melhor escoamento desses excedentes de ofertas. A expectativa é de uma sensível melhora na procura a partir de dezembro.

No atacado paulista o traseiro foi cotado a R$ 8,90, o dianteiro a R$ 4,80 e a ponta de agulha a R$ 5,50. O equivalente físico registrou retração de 4,42% na semana, sendo calculado a R$ 102,89/@. O spread (diferença) entre indicador e equivalente voltou a subir ficando em R$ 7,57/@, bem acima da média dos últimos 12 meses que é de R$ 3,35/@.

Tabela 2. Atacado da carne bovina

PPM: rebanho nacional cresce 1,5% em 2009

Em 2009, o rebanho nacional de bovinos atingiu a marca de 205,292 milhões de cabeças, um acréscimo de 1,5% em comparação com o ano anterior, ou seja, 3,005 milhões de animais a mais. Esse levantamento considera os animais existentes em 31 de dezembro de 2009. Entre os rebanhos de animais de grande porte investigados pela Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2009 realizada pelo IBGE, o de bovinos foi o único a se expandir.

Quanto à distribuição regional desse efetivo, o Centro-Oeste respondeu por 34,4% das cabeças de gado, seguido pelo Norte, com 19,7%, e o Sudeste, com 18,5%. No âmbito estadual, o Mato Grosso destacou-se com 13,3% do efetivo desses animais, seguido por Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, com 10,9% cada.

Clique para ver mais resultados da pesquisa.

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Opine:

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