A genética Bos indicus - "genes zebu" - foi agora excluída do Padrão de Qualidade do sistema carne bovina do English Beef and Lamb Executive (EBLEX). Segundo o site MeatNews.com, pelo novo requerimento, que foi concordado pelo Departamento de Meio-Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra), o gene zebu está proibido de aparecer em qualquer carne bovina ou produtos de carne bovina que carregam a Marca Padrão de Qualidade.
A genética Bos indicus – “genes zebu” – foi agora excluída do Padrão de Qualidade do sistema carne bovina do English Beef and Lamb Executive (EBLEX). Segundo o site MeatNews.com, pelo novo requerimento, que foi concordado pelo Departamento de Meio-Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra), o gene zebu está proibido de aparecer em qualquer carne bovina ou produtos de carne bovina que carregam a Marca Padrão de Qualidade.
“A Marca Padrão de Qualidade existe para diferenciar carne bovina e de cordeiro de qualidade dos produtos commodities globais nas prateleiras do varejo. Como parte de nossa estratégia de longo prazo, a EBLEX mantém o esquema sob constante revisão para garantir que o requerimento de qualidade ao degustar (eating quality) reflita os desenvolvimentos da indústria”, disse o presidente da EBLEX, John Cross.
“Pesquisas mostram que as raças Zebu adaptadas tropicalmente produzem carne com uma qualidade geral pior e mais variabilidade do que as raças britânicas ou européias (Bos taurus). Como resultado disso, em abril nosso Comitê Conselheiro Técnico de Padrão de Qualidade decidiu excluir as genéticas zebu do esquema como conformação do compromisso da EBLEX com a qualidade ao degustar”.
A EBLEX também anunciou que reserva o direito de testar os produtos que trazem a Marca Padrão de Qualidade para o gene e suspenderá os negócios envolvidos no sistema Padrão de Qualidade. As autoridades apropriadas também serão notificadas com relação a qualquer adulteração do produto.
O critério de eating quality ou qualidade ao degustar é baseado na idade do animal ao abate, incluindo também processos apropriados de maturação, quando conveniente. Mais de 2.500 negócios são atualmente membros do Esquema Marca Padrão de Qualidade, incluindo atacadistas, hotéis, açougues independentes e vários varejistas bem conhecidos.
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Chega a ser hilária esta posição da EBLEX em relação à carne zebuína!
Confesso que ao escrever este comentário até agora ainda não consegui parar de rir!
Será que eles sabem que na carne do Bramhan por exemplo existe gene de zebu? Acho que se quiserem levar a diante esta idéia estapafúrdia vão ter que comer carne de holandês (já viram os machos holandeses como são bem cuidados?) ou quem sabe Jersey? Podemos ainda considerar a opção de comerem Gnus!
É evidente que o ditado que diz que “gosto não se discute” é dos mais corretos que já citaram, mas daí a alegar que a carne de zebu é de pior qualidade ou de sabor inferior às dos caquéticos “bos taurus” (olha a sonoridade da pronuncia em português e reflitam!!) é o maior engodo que os amigos da English Beef and Lamb Executive poderiam inventar para vender carne mais cara aos consumidores britânicos.
Em resumo não dá para acreditar nisso. Só pode ser piada!
Rule britania em pleno vigor, divide e exclui, mas a notícia deve servir para que os nossos geneticistas comecem a mostrar serviços identificando as grandes vantagens que “o gene zebu” pode ter em termos de saúde e custo de produção.
Precisamos entrar com a genética dentro das câmaras frias apesar das dificuldades. As enzimas que tem influência sobre o maciez da carne já foram identificadas há algum tempo pelo que sei.
O zebu no meu ver tem muito a contribuir e suas vantagens precisam ser divulgadas para que os consumidores lá fora possam saber o que é a verdade e o que é o tralálá, tipo deste da EBLEX; what a bag of nothing.
Chega a ser mesmo algo ridículo, para mim é mais uma maneira de boicotar a carne brasileira, impossível alguém que entenda o mínimo de pecuária de corte aceitar algo assim, acho que a Austrália e Brasil deveriam boicotar e não exportar mais carne para a UE dai eu queria ver como eles ficariam sem carne.
Esse pessoal dito primeiro mundo só exige, não da nada em troca.
Caro Apolinário, infelizmente não é piada. É reserva de mercado, é a forma encontrada para proteger os produtores europeus dos altos custos de produção e garantir a continuidade dos subsídios. É a falta de sol, de terra, de pastagem barata. Enfim, só nos falta um pouco mais de seriedade no manejo sanitário, e um sistema de rastreabilidade sério, prático e que não tenha sua viabilidade contestada. Somente assim poderemos enfrentar de forma contundente as manobras protecionistas que continuarão a aparecer a cada vez que fingimos ter um sistema seguro de produção com origem e rastreabilidade realmente efetivos.
Isso é o que pode ser chamado de medida protecionista assinada por burocrata que nunca sai de um escritório, nunca saboreou um churrasco feito com carne brasileira, acho até que nunca comeu churrasco.
Como disse o colega acima, chega a ser hilária, sem sequer dar embasamento para uma resposta no mesmo nível. O pior é que agências renomadas como o DEFRA avalizaram essa asneira hitlerista.
Infelizmente a cada dia que passa uma barreira a mais é imposta à carne brasileira.
A carne de origem zebuína é realmente um pouco, e bem pouco, inferior à carne de origem européia, devido ao seu baixo marmoreio, à resistência da fibra muscular (o que causa uma força de cisalhamento maior), e até em termos de coloração o zebu perde alguns décimos para a carne européia.
Mas daí a chegar a ser uma barreira já é demais.
Infelizmente temos que tomar algumas providências, pois podemos perder um belo mercado comprador para um de nossos maiores concorrentes diretos na América Latina, a Argentina, que tem a carne nos padrões que os ingleses querem.
Não entro nesta discussão sobre a comparação de qualidade de carne de zebuínos e de raças européias.
Discordo da desqualificação da raça Jersey quanto a qualidade da sua carne. Existem diversos trabalhos científicos demonstrando a elevada qualidade da carne de novilhos Jersey, o problema não está na qualidade e sim na quantidade de carne produzida, por razões óbvias, raça leiteira.
Este senhor John Cross e sua entidade são uma piada. Será que eles sabem o que é um boi. Acredito que não.
São protecionistas, ou melhor são incompetentes. Se querem promover a carne de seus “Bos Taurus”, que sejam mais competentes e invistam na melhoria de seus “Bos Taurus”. Quanto a nós cabe a defesa de nossos zebus com a melhor arma que temos: nossa tecnologia genética.