O ano de 2001 deixará boas recordações para os frigoríficos exportadores de carnes, bovina, suína e de aves, pois conseguiram aumentos significativos de receita.
Aqueles que realizam seus negócios somente no mercado interno não tiveram tanto o que comemorar, porém não foi um ano tão ruim.
E o que esperar para a pecuária bovina deste novo ano? Deve-se esperar nova quebra de recorde nas exportações? O consumo interno irá aumentar de forma significativa?
Quanto às exportações, em 2002 voltarão as disputas de mercado com a Argentina e o Uruguai, já que estes voltam a atuar no mercado internacional após os problemas com a aftosa.
O consumo de carne bovina na comunidade européia continua retraído depois das crises de vaca louca e aftosa por eles enfrentadas. O mal da vaca louca continua grassando.
Além disso, o mercado comum europeu vai exigir a rastreabilidade das carnes que consome. Essa barreira sanitária visa a prevenção de novos focos de enfermidades como a aftosa.
A promoção da marca “Brazilian Beef” realmente deve ser implementada para divulgar e promover o produto nacional.
O câmbio, apesar de mais favorável para o real ainda está interessante para as exportações, ao redor de R$2,40 por US$1,00.
E o preço das carnes no mercado mundial vêm sendo reduzido ano a ano, com principal destaque para as carnes in natura que de 2000 para 2001 tiveram seu preço diminuído em 21%, e, nos últimos quatro anos, em 38%.
Quanto ao consumo interno as expectativas são de manutenção dos atuais patamares.
Vale lembrar que enquanto o consumo de carne bovina varia entre 36 e 38 kg/habitante/ano desde 97, o consumo de carne de aves e de suínos cresceu, sendo que, no caso do frango, alcançou a cifra de 31,5 kg por habitante por ano.
Para este ano, o salário mínimo que está sendo negociado pelo governo, de R$200,00, representando um aumento de 11%, provavelmente será insuficiente para elevar o consumo de carne vermelha além do consumo atual.