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Papel das carnes vermelhas na prevenção e administração de obesidade e diabetes tipo 2 – Parte 1/2

O quanto a composição do alimento que consumimos influencia na porção que comemos deste alimento em uma refeição ou o quanto ele nos satisfaz suficientemente para atrasar a próxima refeição? Esses são dois atributos separados - o primeiro sendo chamado de "saciação" e o segundo de "saciedade". No dicionário Houaiss, a palavra saciação é definida como "ato ou efeito de saciar (-se)", enquanto a palavra saciedade é definida como "plena satisfação do apetite". Muitas pesquisas sobre a composição dos alimentos que vêm sendo feitas geralmente mantêm seu foco na "saciedade" - subjetivamente definida como sentimento de plenitude ou satisfação que segue a alimentação.

Introdução

O quanto a composição do alimento que consumimos influencia na porção que comemos deste alimento em uma refeição ou o quanto ele nos satisfaz suficientemente para atrasar a próxima refeição? Esses são dois atributos separados – o primeiro sendo chamado de “saciação” e o segundo de “saciedade”. No dicionário Houaiss, a palavra saciação é definida como “ato ou efeito de saciar (-se)”, enquanto a palavra saciedade é definida como “plena satisfação do apetite”. Muitas pesquisas sobre a composição dos alimentos que vêm sendo feitas geralmente mantêm seu foco na “saciedade” – subjetivamente definida como sentimento de plenitude ou satisfação que segue a alimentação.

A saciedade é medida geralmente por questionários usando uma escala comparativa visual após o alimento ter sido consumido. Além disso, alguns estudos combinam esta abordagem com a exposição dos participantes a uma refeição, e medem o alimento consumido, o que representa uma medida mais objetiva da saciedade.

A saciedade parece ser influenciada por uma ampla variedade de fatores, incluindo o perfil de macronutrientes, a palatabilidade, a massa alimentar, a densidade energética, nível de fibras e índice glicêmico (IG). Quando se usa alimentos reais, é quase impossível controlar todas essas influências ao mesmo tempo e se esses fatores são controlados, a relevância quanto aos alimentos e às dietas da vida real pode ser questionável. Além disso, o contexto no qual o alimento é consumido pode ter um efeito considerável em como o alimento é consumido, que pode interferir na saciedade percebida.

Desta forma, uma variedade de metodologias é importante para entender como diferentes alimentos e diferentes dietas afetam a saciedade, mas também a ingestão de alimentos e, no final das contas, o balanço de energia. Este trabalho revisou estudos para demonstrar os efeitos das refeições ricas em proteínas e as dietas na saciedade, na perda de peso e no controle da diabetes.

Estudos de pré-carga

Vários estudos compararam a saciedade após refeições ricas em proteínas, carboidratos e gorduras. Tipicamente, esses estudos compararam a saciedade após diferentes refeições testes no mesmo indivíduo em um projeto de cruzamento. Nestes mesmos estudos, a quantidade de alimento consumido em um bufê, normalmente três horas após a refeição teste, foi também avaliada.

Em uma recente revisão destes estudos, as refeições com alto nível de proteínas causaram mais satisfação, com 11 dos 14 estudos que compararam alto nível de proteína com pelo menos um outro macronutriente mostrando que a pré-carga de proteína aumentou significantemente as classificações subjetivas de saciedade (1). Poucos destes estudos foram capazes de controlar para variáveis que potencialmente poderiam confundir os resultados.

Entretanto, as refeições testes diferiram amplamente em propriedades físicas e sensoriais, de forma que não se pode concluir que foi a proteína que conferiu esses efeitos. Latner projetou um estudo em que as propriedades sensoriais das refeições eram exatamente as mesmas (2). Em 12 estudantes magras do sexo feminino, 31% mais calorias foram consumidas em um jantar subseqüente após um lanche líquido com alto nível de carboidratos (450 kcal, 99% carboidratos) do que foi consumido um lanche líquido rico em proteínas (71% de proteína) ou um com 50% de proteína e 50% de carboidrato.

Quando a proteína foi fornecida em uma dose de 50 gramas na forma de bebida e comparada com uma bebida de carboidratos com as mesmas calorias, no mesmo volume e com sabor semelhante, a proteína também mostrou ser mais satisfatória do que a glicose. Bowen et al. compararam pré-cargas líquidas (1,1 MJ, 450 mL) contendo 50 gramas de soro de leite, soja, glúten ou glicose (3). A ingestão de energia na refeição após três horas destas pré-cargas foram 10% menores para todos os lanches protéicos comparado com o tratamento com glicose. Diferentes fontes de proteínas tiveram comportamentos similares. Este estudo também demonstrou que o efeito da proteína na saciedade parece ser independente do status do índice de massa corpórea (IMC) do indivíduo, o que é uma descoberta importante à medida que todos os estudos anteriores foram conduzidos com indivíduos magros.

Dietas ricas em proteínas e perda de peso

Fryer et al. (4) mostraram que a sensação de fome foi menor em uma dieta rica em proteína fornecida a 12 estudantes do sexo masculino com períodos dietéticos de nove semanas. Vários estudos adicionais de perda de peso designados a avaliar os efeitos metabólicos de dietas ricas em proteína e com restrição de energia comparadas com dietas ricas em carboidratos ou gordura e quantidades equivalentes de energia não mostraram diferenças na ingestão de calorias e na perda de peso apesar das diferenças esperadas de saciedade (5-8).

Estes estudos não permitiram que os efeitos de maior saciedade atribuível às proteínas fossem expressados, à medida que os protocolos dietéticos requeriam que todos os alimentos fossem consumidos. Skov et al. (9), comparando uma dieta com alto nível de proteína à vontade e uma com alto nível de carboidrato, mostraram que a maior saciedade foi o fator mais importante na perda de peso.

Nestes estudos, a proteína foi substituída por carboidrato, de forma que pode ter sido a redução dos carboidratos, e não a maior ingestão de proteínas, que foi importante. Entretanto, estudos controlados comparando macronutrientes sozinhos sugerem que o componente de alto nível de proteína é um fator importante (3).

Luscombe-Marsh et al. (10) estudaram pessoas com resistência à insulina e mostraram que se o carboidrato é mantido constante, uma dieta com 34% de energia vinda das proteínas gerou mais saciedade do que uma dieta rica em gordura, com 18% de proteína. Como as dietas do estudo foram controladas para terem a mesma quantidade de calorias, não eram esperadas diferenças no balanço de energia, sugerindo que os efeitos de saciedade não foram suficientemente fortes para sobrepor a ingestão de alimentos.

Weigle et al. (11) mediram a fome e a saciedade em pessoas com IMC média de 26 kg/m2 em uma dieta rica em proteína (30% da energia) e pobre em proteína (15% da energia) com o nível de carboidratos constante de 50% da energia por duas semanas cada. A saciedade foi aumentada com dietas ricas em proteínas isocalóricas que, quando foi permitido que fossem consumidas à vontade por 12 semanas, foram associadas com uma redução na energia de cerca de 441 calorias por dia. O peso corpóreo caiu em média em 4,9 quilos e a massa de gordura caiu em média em 3,7 quilos. Os autores sugeriram que o efeito “anoréxico” das proteínas pode estar relacionado à perda de peso superior notada em dietas com baixo nível de carboidratos.

McMillan-Price et al. (12) compararam duas dietas ricas em carboidratos e duas ricas em proteínas consumidas à vontade por 12 semanas com comparações de alto e baixo índice glicêmico. Apesar de todos os grupos terem perdido uma média similar de peso em porcentagem (dieta 1, -4,2%; dieta 2, -5,5%; dieta 3, -6,2%; e dieta 4, -4,8%), a proporção de pessoas em cada grupo que perdeu 5% ou mais de peso corpóreo variou significantemente nas diferentes dietas (dieta 1; 31%; dieta 2, 56%; dieta 3, 66%; e dieta 4, 33%), sugerindo que a proteína sozinha em dietas não estruturadas à vontade pode não ter efeitos benéficos bem definidos e que outros componentes da dieta podem ser importantes. Por outro lado, dietas ricas em proteínas, onde o carboidrato é restrito mais severamente como no caso da dieta Atkins, têm mostrado ser mais efetivas na perda de peso após um ano (13). Essa observação pode ser devido à proporção proteína-carboidrato ou ser uma conseqüência da restrição de uma série de alimentos permitidos neste padrão, bem como à simplicidade do estudo.

Estudos usando planos estruturados de refeições para obter dietas com o mesmo nível de calorias (5,6,8,14,15) parecem obter perdas de peso quase duas vezes maior em curto e longo prazo comparado com estudos com refeições à vontade (9,12). Entretanto, isso não foi testado formalmente em um estudo aleatório controlado. Os estudos que mostraram sucesso na perda de peso em longo prazo demonstram que seguir um padrão consistente de dieta é uma característica comum (16).

Dietas ricas em proteínas e composição corpórea

Apesar das diferenças não esperadas na perda de peso, quando dietas ricas em proteínas foram comparadas com dietas ricas em carboidratos com o mesmo nível de calorias, mudanças na composição corpórea foram notadas. Estudos controlados por Piatti el al. (17) e Baba et al. (18) mostraram efeitos favoráveis em dietas ricas em proteínas com relação às ricas em carboidratos, ambas com restrição de energia e o mesmo número de calorias, nos gastos de energia no descanso, na massa corpórea magra e na sensibilidade à insulina. Ambos os estudos foram pequenos, mas bem controlados, envolvendo um total de 13-25 participantes e a intervenção foi de curta duração, de 3-4 semanas.

Vários estudos de longo prazo mostraram melhoras na composição corpórea apesar das perdas similares de peso em um período de mais de 12 semanas (5,6,8,14,15). Uma interação entre proteínas e exercícios foi notada por Layman et al. (15) em um estudo envolvendo 48 mulheres por mais de quatro meses. Os pesquisadores descobriram que os grupos que consumiram dietas ricas em proteínas (1,6 gramas de proteína/kg/dia, aproximadamente 30% da energia) e dietas ricas em proteínas e praticaram exercício perderam mais massa de gordura do que os grupos que consumiram uma dieta rica em carboidrato (0,8 g de proteína por kg/dia). A massa muscular foi preservada pelos exercícios nas duas dietas.

Uma meta-regressão feita por Krieger et al. (19) observou que a ingestão de proteína de mais de 1,05 gramas por quilo de peso corpóreo foi associada com uma retenção adicional de 0,6 quilos de massa magra comparado com dietas com ingestões de proteínas de menos de 1,05 g/kg. Em estudos conduzidos por mais de 12 semanas, a diferença aumentou para 1,21 quilos na retenção da massa magra nas dietas com alto nível protéico com relação às ricas em carboidratos, ambas com restrição de energia.

Comparações de longo prazo de dietas ricas em proteínas com dietas ricas em carboidratos

A perda de peso usando dietas ricas em proteínas à vontade comparado com dietas ricas em carboidratos foi avaliada após seis meses (9), mas também após um ano (20). Os 50 participantes selecionaram alimentos que foram designados como alto nível protéico ou alto nível de carboidratos a partir de uma pesquisa especial em supermercados. As pessoas que ficaram no grupo de alimentos ricos em proteínas sentiram menos fome e perderam mais peso do que aquelas que ficaram com dieta rica em carboidratos, com uma diferença na perda de peso entre os dois grupos de 3,8 quilos (e gordura de 3,3 quilos) em seis meses.

Mais pessoas perderam mais de 10 quilos no grupo das proteínas (35%) do que no de carboidratos (9%). Após um ano, 17% dos participantes do grupo de alto consumo de proteínas perderam mais de 10 quilos, mas 0% conseguiu isso na dieta rica em carboidratos. Após dois anos, ambos os grupos tenderam a manter sua perda de peso por 12 meses.

McAuley et al. (21) avaliou 96 mulheres que tinham níveis normais de glicose no jejum, mas eram resistentes à insulina (IMC > 27) e as dividiram aleatoriamente em três grupos: um com dieta com alto nível de carboidratos e de fibras; um com dieta com alto nível de proteína e alto nível de gordura (dieta Atkins); e um com alto nível de proteína (Zone Diet). Em 12 meses, 76 das 96 participantes originais foram vistas novamente. Não houve diferenças significantes entre os grupos em perda de peso, gordura ou massa muscular. Mais mulheres dos grupos de alto nível de proteína e gordura perderam mais de 10% de seu peso corpóreo inicial em 12 meses, comparado com o grupo de alto nível de carboidratos.

Um terceiro estudo de longo prazo feito por Gardner et al. (13) comparou quatro diferentes dietas, incluindo a dieta Atkins e a Zone Diet, em 311 mulheres com sobrepeso/obesidade (IMC 27-40), não diabéticas, antes da menopausa, por 12 meses. A perda de peso foi maior para mulheres no grupo de alto nível de proteína e gordura comparado com outros grupos dietéticos em 12 meses, e o peso médio no período foi significantemente diferente entre as dietas Atkins e Zone Diet. A perda de peso média em 12 meses foi -4,7 quilos com a dieta Atkins e -1,6 quilos com a dieta Zone Diet. Parte da razão da falha relativa na Zone Diet pode ser devido à sua complexidade em assegurar a proporção correta de macronutrientes em cada refeição.

Um estudo similar com 160 homens e mulheres (22) comparando quatro dietas comerciais (Atkins, Ornish, Vigilantes do Peso e Zone) não mostraram diferenças em 12 meses entre as dietas. Houve uma grande taxa de abandono de todas as dietas de 50% no geral, com a maior taxa registrada na dieta Atkins.

Keogh et al. (23) acompanharam participantes por 12 meses após um estudo envolvendo dietas estruturadas por 12 semanas, que eram, ou ricas em proteínas ou em gordura monoinsaturada. No geral, a perda de peso foi de 6,2 quilos. Em um modelo de regressão com múltiplas variáveis, fatores de predição de perda de peso ao final do estudo foram reportados: porcentagem de energia das proteínas, sexo e idade. Brinkworth et al. (24,25) acompanharam participantes divididos aleatoriamente em um programa de 12 semanas com um padrão dietético de alto nível de proteínas e alto nível de carboidratos após um ano. Apesar de ter havido perda de peso líquida, não houve diferenças significantes entre os grupos.

Referências bibliográficas:

1 Halton TL, Hu FB. The effects of high protein diets on thermogenesis, satiety and weight loss: a critical review. J Am Coll Nutr 2004; 23: 373-85.

2 Latner JD, Schwartz M. The effects of a high-carbohydrate, high-protein or balanced lunch upon later food intake and hunger ratings. Appetite 1999; 33: 119-28.

3 Bowen J, Noakes M, Clifton PM. Appetite regulatory hormone responses to various dietary proteins differ by body mass index status despite similar reductions in ad libitum energy intake.J Clin Endocrinol Metab 2006; 91: 2913-19.

4 Fryer JH, Moore NS, Williams HH, Young CM. A study of the interrelationship of the energy-yielding nutrients, blood glucose levels, and subjective appetite in man. J Lab Clin Med 1955; 45: 684-96.

5 Noakes M, Keogh JB, Foster PR, Clifton PM. Effect of an energy-restricted, high-protein, low-fat diet relative to a conventional high-carbohydrate, low-fat diet on weight loss, body composition, nutritional status, and markers of cardiovascular health in obese women. Am J Clin Nutr 2005; 81: 1298-306.

6 Farnsworth E, Luscombe ND, Noakes M, Wittert G, Argyiou E, Clifton PM. Effect of a high-protein, energy-restricted diet on body composition, glycemic control, and lipid concentrations in overweight and obese hyperinsulinemic men and women. Am J Clin Nutr 2003; 78: 31-9.

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9 Skov AR, Toubro S, Ronn B, Holm L, Astrup A. Randomized trial on protein vs carbohydrate in ad libitum fat reduced diet for the treatment of obesity. Int J Obes Relat Metab Disord 1999; 23: 528-36.

10 Luscombe-Marsh ND, Noakes M, Wittert GA, Keogh JB, Foster P, Clifton PM. Carbohydrate-restricted diets high in either monounsaturated fat or protein are equally effective at promoting fat loss and improving blood lipids. Am J Clin Nutr 2005; 81: 762-72.

11 Weigle DS, Breen PA, Matthys CC et al. A high-protein diet induces sustained reductions in appetite, ad libitum caloric intake, and body weight despite compensatory changes in diurnal plasma leptin and ghrelin concentrations. Am J Clin Nutr 2005; 82: 41-8.

12 McMillan-Price J, Petocz P, Atkinson F et al. Comparison of 4 diets of varying glycemic load on weight loss and cardiovascular risk reduction in overweight and obese young adults: a randomized controlled trial. Arch Intern Med 2006; 166: 1466-75.

13 Gardner CD, Kiazand A, Alhassan S et al. Comparison of the Atkins, Zone, Ornish, and LEARN diets for change in weight and related risk factors among overweight premenopausal women: the A TO Z Weight Loss Study: a randomized trial. JAMA 2007; 297: 969-77.

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18 Baba NH, Sawaya S, Torbay N, Habbal Z, Azar S, Hashim SA. High protein vs high carbohydrate hypoenergetic diet for the treatment of obese hyperinsulinemic subjects. Int J Obes Relat Metab Disord 1999; 23: 1202-6.

19 Krieger JW, Sitren HS, Daniels MJ, Langkamp-Henken B. Effects of variation in protein and carbohydrate intake on body mass and composition during energy restriction: a meta-regression 1. Am J Clin Nutr 2006; 83: 260-74.

20 Due A, Toubro S, Skov AR, Astrup A. Effect of normal-fat diets, either medium or high in protein, on body weight in overweight subjects: a randomised 1-year trial. Int J Obes Relat Metab Disord 2004; 28: 1283-90.

21 McAuley KA, Hopkins CM, Smith KJ et al. Comparison of high-fat and high-protein diets with a high-carbohydrate diet in insulin-resistant obese women. Diabetologia 2005; 48: 8-16.

22 Dansinger ML, Gleason JA, Griffith JL, Selker HP, Schaefer EJ. Comparison of the Atkins, Ornish, Weight Watchers, and Zone diets for weight loss and heart disease risk reduction: a randomized trial. JAMA 2005; 293: 43-53.

23 Keogh JB, Luscombe-Marsh ND, Noakes M, Wittert GA, Clifton PM. Long-term weight maintenance and cardiovascular risk factors are not different following weight loss on carbohydrate-restricted diets high in either monounsaturated fat or protein in obese hyperinsulinaemic men and women. Br J Nutr 2007; 97: 405-10.

24 Brinkworth GD, Noakes M, Parker B, Foster P, Clifton PM. Long-term effects of advice to consume a high-protein, low-fat diet, rather than a conventional weight-loss diet, in obese adults with type 2 diabetes: one-year follow-up of a randomised trial. Diabetologia 2004; 47: 1677-86.

25 Brinkworth GD, Noakes M, Keogh JB, Luscombe ND, Wittert GA, Clifton PM. Long-term effects of a high-protein, low-carbohydrate diet on weight control and cardiovascular risk markers in obese hyperinsulinemic subjects. Int J Obes Relat Metab Disord 2004; 28: 661-70.

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