A Secretaria de Agricultura do Pará (Sagri) vai aumentar as restrições ao transporte interestadual entre Pará e Maranhão dos animais suscetíveis à febre aftosa. As condições serão impostas porque a zona dois do Pará passou de alto para médio risco, no início deste mês, após auditorias técnicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Uma reunião está marcada para amanhã (01) entre os coordenadores do Programa de Defesa Sanitária dos dois estados. A zona dois do Pará corresponde às regiões oeste, leste, nordeste e parte do norte do estado. No caso do leste e nordeste, são áreas próximas à divisa do Pará com o Maranhão.
No Maranhão também houve avanço. Após auditoria realizada neste mês, o Mapa tirou o estado da condição de risco desconhecido para alto risco, o que dá um alívio aos criadores que vão poder comercializar bezerros para o Pará. É que havia a possibilidade de fechamento da barreira sanitária para esses animais, o que significaria que o Estado deixaria de faturar R$ 900 mil por mês com a venda de três mil bezerros, segundo a Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem).
Segundo o coordenador do Programa de Defesa Sanitária do Pará, Jarbas Oliveira, as restrições ao Maranhão são as seguintes: o interessado terá que dar entrada em um requerimento na Sagri, que deverá conter a relação dos animais que vêm para o Pará, a procedência e o destino deles; a comprovação de que o animal foi vacinado contra a aftosa pelo menos duas vezes, nos últimos 12 meses; o animal só poderá entrar pelos corredores sanitários onde há estrutura fixa de fiscalização; e mesmo que tenha tomado as duas doses obrigatórias, no Maranhão, o animal será vacinado novamente, assim que chegar ao Pará, independentemente da data da última vacinação.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Renata Ferreira e Franci Monteles), adaptado por Equipe BeefPoint