Dificuldades poderão surgir para empresas que não têm tradição em exportar
As empresas com tradição ou volume em exportações têm habilidade em termos de documentação e não terão dificuldades para obedecer à Lei do Bioterrorismo dos Estados Unidos, que prevê registro no FDA (Food and Drug Administration) de todas as instalações, estadunidenses e estrangeiras, que fabricam, processam, empacotam, distribuem, recebem ou armazenam alimentos para consumo humano ou animal no território dos EUA. Esta foi a declaração de Dominic MacDermot, do departamento comercial do frigorífico Bertin.
“Talvez seja mais difícil para áreas novas, pequenas empresas que estão começando, estas poderão ter dificuldade. Para as empresas que já fazem exportações para lá, não é um quebra-cabeça muito grande”, observou.
Ele informou que o Bertin exporta para os EUA em torno de 17% a 18% de suas vendas externas – em 2003, estimadas em cerca de US$ 320 milhões de dólares, por volta de 160 mil toneladas – e que a lei atinge todos os produtos da indústria de carne. Outros mercados importantes para os produtos que a empresa exporta – corned beef, carne cozida congelada e produtos processados – são Europa e Chile.
MacDermot comentou que ainda há dúvidas quanto à jurisdição dos produtos do setor de carnes, pois os EUA ainda não definiram se é do FDA ou do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA. “Eles terão até março de 2004 para resolver os problemas que possam surgir. Se, a 20 de dezembro, por exemplo, entrar no sistema um aviso de chegada de um contêiner, não deverão barrar caso identifiquem problemas com algum certificado, mas avisarão”, afirmou.
Segundo ele, o FDA já pressupõe que haverá dificuldades e a intenção não é barrar, mas tentar ajustar a lei para que todos a cumpram sem transtornos.
Fonte: Mirna Tonus, da Equipe BeefPoint