O Paraguai precisa da certificação de “país exportador” por parte da Comunidade Européia com o objetivo de aproveitar sua participação na cota Hilton e, desta forma, ter acesso a mercados mais importantes de carne. No entanto, as autoridades paraguaias não pedirão a auditoria dos técnicos europeus até que seja concretizado o programa de rastreabilidade do gado, segundo explicou o presidente da Associação Rural do Paraguai (ARP), Alberto Soljancic.
A indústria paraguaia de carnes está querendo continuar crescendo, mais ainda após as conquistas do ano passado – 68 mercados abertos e US$ 250 milhões exportados. No entanto, existe um consenso em todos os setores envolvidos, tanto no público como no privado, de que devem ser tomadas certas medidas para que o país tenha acesso a mercados importantes.
Neste sentido, pensam em solicitar uma auditoria de técnicos da Comunidade Européia, para que estes outorguem ao Paraguai a certificação de país exportador. Esse pedido deverá ser feito no final deste ano, para que a missão seja enviada no início de 2006. Os paraguaios acreditam que, até esta data, já estarão bastante avançados em um programa de rastreabilidade, solicitado pelos europeus.
Soljancic disse que, por trás de tudo isso, estão a cota Hilton, o mercado dos Estados Unidos, o mercado do México, além de outros vários mercados importantes. Por isso, é fundamental estar bem preparados.
Com relação à rastreabilidade, ele disse que não será um programa obrigatório, mas sim, para aqueles que realmente querem participar disso. “A maioria dos inscritos no programa de rastreabilidade são os que já têm suas propriedades inscritas para exportar ao mercado chileno neste momento”.
O Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) informou sobre a criação da Comissão Técnica de Rastreabilidade com o objetivo de elaborar e propor o regulamento do Sistema de Rastreabilidade do Paraguai (Sitrap). Essa comissão está integrada por representantes do Serviço Veterinário Oficial, da ARP e da Câmara Paraguaia de Carne, e dispõe de um prazo de 60 dias para apresentar o projeto de regulamentação.
Fonte:Diário ABC Color, adaptado por Equipe BeefPoint