Paraguai: erro humano causou foco de aftosa

O Serviço Pecuário Paraguaio informou que já conta com uma nova análise que confirma que uma negligencia no sistema de vacinação contra a febre aftosa permitiu o ressurgimento da doença detectado em 18 de setembro em San Pedro.

O Serviço Pecuário Paraguaio informou que já conta com uma nova análise que confirma que uma negligencia no sistema de vacinação contra a febre aftosa permitiu o ressurgimento da doença detectado em 18 de setembro em San Pedro.

Foram anunciadas sanções aos responsáveis. Dessa forma, descarta-se a possibilidade de que tenha havido uma falha na composição da vacina, segundo confirmou o presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), Daniel Rojas.

“De qualquer maneira, é uma boa notícia que nossas vacinas sirvam e que não tenha havido mutação do vírus”, disse ele.

Essa análise feita pela Panaftosa coincide com um resultado preliminar proveniente da Argentina, de forma que não há dúvida de que um erro humano gerou o ressurgimento do foco detectado há um mês e meio no país. “Melhorando o sistema de fiscalização no campo podemos aumentar a segurança”, disse Rojas.

Ele disse que ainda se deve identificar em que etapa ocorreu o erro, para, assim, identificar os responsáveis e sancioná-los, já que o ressurgimento produziu importantes perdas econômicas para o país.

A falha ocorreu no setor privado. Rojas disse que serão reforçados os controles para garantir que todos os pecuaristas cumpram em tempo e forma com a vacinação contra a febre aftosa para evitar novos problemas.

Ele ratificou que o foco de 18 de setembro já está controlado e que, atualmente, o Paraguai busca mercados alternativos enquanto aguarda nova auditoria da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para recuperar o status de livre de aftosa.

Rojas destacou a ida ao país de um grupo de técnicos russos que inspecionaram as instalações pecuárias paraguaias e os frigoríficos para se assegurar do bom manejo do produto exportado à Europa. “Agora, só estamos esperando uma resposta dos técnicos russos para retomar as exportações (ao país)”.

Fonte: site paraguaio ABC Color Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Jose Nilo Aquino disse:

    Estive pesquisando no site:

    http://www.senacsa.gov.py/v8/index.php?pagina=noticias

    E não encontrei referência a notícia…se alguém souber informar a fonte ( especificada ) os produtores brasileiros agradecem.

    att.: José Nilo Aquino

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é…  e depois culpam o azar… a vacina…

    Mas há menos de 10 anos, haviam criadores no Brasil que não se importavam muito em aplicar a vacina… compravam os frascos por obrigação" , e os esvaziavam para entrega-los ao IAGRO… e não era na fronteira com nenhum outro pais… era por aqui mesmo.  

    Tivemos muita sorte,  não sei como o assunto está sendo tratado agora, mas a falta de "berço" e cultura, ainda  é nosso maior fator de risco.  A ignorância é antes de tudo "audaz",  o não saber nos dá a sensação de que tudo podemos, inclusive minimizar os riscos em não vacinar…

    Boiada gorda a espera de melhoria no preço da @, vacinação chegando, proprietário preocupado em não perder "rendimento"…  compra a vacina, acerta a documentação e a vacina vai pro ralo, e o boi pro frigorífico como se vacinado fosse…

    Existe algum programa de fiscalização para detectar se animais que estão sendo abatidos, tiveram respeitadas a regras para a "aftosa"?  Não digo verificação nos papéis, me refiro a coleta de sangue para verificar a efetiva vacinação dos animais para o ano em curso.

    O que não é certo, são os órgãos públicos deixarem a cargo dos criadores, denunciar vizinhos… o risco é grande, propriedades distantes, o fogo chega… ninguém sabe de onde veio, e todo o trabalho de uma vida se perde…

    Devemos levar em conta ainda  a falta de conhecimento dos que estão encarregados dos manejos de vacinação… propriedades sem eletricidade, a vacina acondicionada em caixas de isopor, o gelo se vai… a distância não permite reposição do gelo de forma a não comprometer  a eficácia da vacina… o funcionário tendo que executar o trabalho em currais destruidos pelo tempo, cercas sem manutenção dificultam o simples ato de reunir o gado, a falta de controle sobre a quantidade de animais existente na propriedade, aplicadores sem manutenção e em quantidade inferior ao necessário, agulhas em número insuficiente,  acidentes durante a vacinação causam a quebra dos aplicadores, a não existência de peças de reposição para os mesmos…  

    O  pouco caso de muitos proprietários, que julgam ser do funcionário toda a responsabilidade pelo sucesso da vacinação…  ignoram a parte que lhes toca, em fornecer condições mínimas de trabalho para o desempenho que deles se espera.

    O assunto é mais sério do que o temos conduzido ao longo dos tempos…  Com tantos "riscos" envolvidos, acredito realmente que temos tido muita sorte!  

    A pergunta é: Até quando?

  3. Lucas Soares de Gouvea disse:

    Gostaria de saber como os outros Paises conseguem em tão pouco tempo (dias ou meses) após surto de aftosa, falar em exportação e recuperação de status de livre de aftosa, quando no Brasil ficamos "amargando" o prejuízo durante anos.

    Att.

    Lucas Soares de Gouvêa.

  4. Jose Nilo Aquino disse:

    Sr. Pedro
    " Los hermanos " tratam esse assunto a boca pequena, procure notícias nos jornais e blogs deles. Eles tem o problema mas são rápidos no gatilho e não dão mídia…ao contrário do Brasil que põe a notícia em todas às mídias repetidamente e durante um longo período. E quem se beneficia com isso…é uma pergunta que não quer ser calada ????

  5. Hugo Leonardo Riani Costa disse:

    Prezado Sr. José Nilo Aquino.

    A notícia foi extraída do Site ABC digital, que acredito ser o site que divulga o maior volume de informações sobre o foco de febre aftosa. O site do SENACSA divulga algumas informações interessantes também (e oficiais).

    A notícia em questão está disponível em http://www.abc.com.py/nota/falla-humana-permitio-rebrote-de-aftosa-confirma-senacsa/

    Atenciosamente, Hugo

  6. Jose Nilo Aquino disse:

    Prezado Sr. Hugo Leonardo Riani Costa
    Agradeço por informar a fonte da notícia.Sei bem como funciona o " modus operandi "  paraguaio…pois somos ( quase ) vizinhos, são apenas 180 Km. Imagine se vou lá comprar uma costela para fazer um churrasco aqui no Brasil…o que vc. acha que iria acontecer. Agora imagine os argentinos na fronteira com o Paraguay.
    Esse link contém algumas datas interessantes…
    http://www.clicrbs.com.br/especiais/jsp/default.jsp?espid=22&uf=1&local=1&newsID=a982925.htm&section=Hist%F3rico

    att.: José N. Aquino

  7. Miguel da Rocha Cavalcanti disse:

    Tem uma história antiga, que virou piada, que cada um vai colocando a culpa no outro, até chegarem a conclusão de que a culpa é da vaca que pegou aftosa :-)

    Abs, Miguel

  8. Hugo Leonardo Riani Costa disse:

    Em minha opinião, o mais importante é que se ocorreu o foco, há circulação do vírus. A vacina pode evitar a ocorrência da doença clínica, mas devemos nos manter em estado de alerta em virtude da presença do vírus (comprovadamente) em país vizinho ao nosso.

  9. Alfredo Pereira Mendonça disse:

    Nós precisamos olhar para o próprio rabo. Estou no Estado de S. Paulo à 182 KM. da maior cidade da América Latina. E quanta cabeças o criador que tem 20 cabeças em 50 alqueires, sem cerca, sem brete, livres, leves, e soltos; êle vacina? êle vai ter o trabalho de juntar as cabeças que não sabem onde andam, se não têm onde juntar. Srs estou falando do Vale do Paraiba a 40 KM da Via Dutra. E por este mundão de Deus, quantos "criadores"

    vão efetivamente vacinar e não simplesmente ter a nota fiscal de compra das vacinas?

    Conheço criadores que sequer sabem quantas cabeças têm, como as vacina? E no Paraguai é diferente?

  10. Jose Nilo Aquino disse:

    Prezado Sr. Alfredo Pereira Mendonça
    O Sr. acertou na mosca…depois irão repetir o velho discurso : " foi erro humano " ( mas de quem ? Do produtor ou do Governo que não tomou às medidas adequadas ! ) .

  11. francisco abrao disse:

    gostaria de fazer um comentario, :como que os pecuaristas paraguaios vacinas seus rebanhos, se na maioria das  fazendas nao tem energia eletrica, ne diga como que è possivel!! , no chaco paraguaio,na epoca das chuvas os pecuaristas chegam a ficar atè 5 meses sem ir na fazenda, por que nao tem condicoes de ir por estrada,so vai quem tem aviao,È DIFICIL DE ACREDITAR QUE LA NAO TEM AFTOSA, , abraco, francisco

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