Os dois principais mercados da carne paraguaia, Rússia e Chile, reduziram sensivelmente suas compras nos últimos meses e isto está prejudicando a indústria de carnes do país que, embora tenha outros mercados, os volumes de venda são sensivelmente inferiores e dificilmente poderão preencher os espaços deixados por ambos os países.
Os dois principais mercados da carne paraguaia, Rússia e Chile, reduziram sensivelmente suas compras nos últimos meses e isto está prejudicando a indústria de carnes do país que, embora tenha outros mercados, os volumes de venda são sensivelmente inferiores e dificilmente poderão preencher os espaços deixados por ambos os países.
Segundo a presidente da Mesa Setorial de Carne e Couros do Paraguai, Maris Llorens, a venda de produtos de carne à Rússia, desde agosto, caiu entre 80% e 85%. No ano passado, o Paraguai exportou mais de 63 mil toneladas ao mercado russo.
Esta situação se deve fundamentalmente aos preços e ao fato de o mercado russo estar cheio de carne, tendo inclusive contêineres parados em seus portos, cheios de carne, que não podem voltar ao país.
Embora o Paraguai já tenha o mercado da União Européia (UE) aberto, onde se pagam preços de entre US$ 10.000 e US$ 12.000 por tonelada (fora da cota Hilton), os volumes de carne exportados a esse mercado são muito pequenos já que exige rastreabilidade.
Desta forma, a indústria de carnes do Paraguai dificilmente chegará à meta prevista no começo do ano quanto ao valor das exportações, que era de US$ 700 milhões, apesar de, até 31 de agosto, o país ter exportado mais de US$ 572 milhões em carnes. No ano passado, o Paraguai exportou quase US$ 484 milhões em carnes, enquanto que em 2006 (ano de recorde histórico), fechou o ano com pouco mais de US$ 507 milhões exportados.
A reportagem é do ABC Color, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.