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Paraguai: exportações de carne bovina à Russia aumentarão de US$220 para US$600 milhões em 2012

Segundo as projeções do CADEP (Centro de Análises e Difusão da Economia Paraguaia), a Rússia comprará cerca de US$ 600 milhões em 2012, contra US$ 220 milhões no ano anterior, enquanto o Brasil importará US$ 112 milhões. O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Animal (SENACSA) respaldou os dados.

As exportações de carne bovina paraguaia terão uma recuperação este ano graças à forte demanda da Rússia, após ter sofrido o último foco de aftosa. A carne bovina é o segundo produto de exportação do Paraguai depois da soja e a queda nas vendas ao exterior aprofundou a crise do setor agropecuário local, que sofrerá uma contração de mais de 20% esse ano, segundo as projeções do Banco Central.

Porém, o setor de carnes está se recuperando rápido e analistas estimam que o país exportaria até US$ 850 milhões esse ano, um valor que supera os US$ 750 milhões de 2011. O volume das exportações foi de 161.000 toneladas no ano passado, segundo dados oficiais.

Rússia e Chile eram os principais mercados para o produto paraguaio, mas o Chile deixou de comprar quando foram detectados dois focos de febre aftosa que paralisaram as exportações entre novembro de 2011 e janeiro desse ano. Segundo as projeções do CADEP (Centro de Análises e Difusão da Economia Paraguaia), a Rússia comprará cerca de US$ 600 milhões em 2012, contra US$ 220 milhões no ano anterior, enquanto o Brasil importará US$ 112 milhões. O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Animal (SENACSA) respaldou os dados.

“Se tudo seguir assim, haverá um superávit (em 2012 com relação a 2011). Trabalhou-se bem e muito, apesar da febre aftosa, e temos mantido a confiança de alguns mercados”, disse o presidente do SENACSA, Hugo Idoyaga.

O Paraguai se propõe agora a recuperar o mercado chileno – mais exigente que o russo em termos sanitários –, à medida que avança nos passos para obter novamente seu status de país livre de febre aftosa com regime de vacinação. Idoyaga disse que a estratégia era voltar a vender com um status inferior.

A porção paraguaia no mercado chileno foi ocupada pelo Brasil e Austrália, mas Idoyaga disse que, sob esse novo status, o país igualmente obterá preços competitivos. A queda nas exportações fez com que os preços da carne bovina no mercado interno baixassem de forma sustentada ao longo do ano, ajudando a controlar a inflação que fechará em 2012 com um aumento de menos de 5%, segundo estimativas do Banco Central.

Porém, a entidade espera que os preços da carne bovina subam entre 18% e 22% no primeiro semestre do ano, o que exercerá pressão sobre a inflação em um contexto de alto crescimento econômico.

A reportagem é da Reuters, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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