Caso o governo russo mantenha a posição de embargar a carne paranaense por um período de um ano, o estado deve acumular um prejuízo de, pelo menos, US$ 230 milhões. Foi esse o valor exportado pelo Paraná entre os meses de janeiro e novembro desse ano. Nesse período, a Rússia importou do Paraná 16.848 toneladas de carne bovina, o que representou faturamento de US$ 30,016 milhões; 64.840 toneladas de carne suína (US$ 142,311 milhões) e 49.878 toneladas de carne de frango (US$ 56,791 milhões).
De acordo com o assessor econômico do Sindicato da Indústria de Carnes no Paraná (Sindicarne-PR), Gustavo Fanaya, os dados não consideram a expectativa de crescimento nas vendas. Só o volume de carne suína deve aumentar 40% no próximo ano, enquanto o de carne bovina 30%.
Para Fanaya, porém, o embargo não deve durar tanto tempo. “A Rússia é mais rígida do que a União Européia, só que flexibiliza mais rapidamente”, afirmou.
Segundo ele, “é imprescindível” que o Paraná determine o sacrifício sanitário o mais rápido possível e faça o monitoramento para reconquistar o status de área livre de aftosa com vacinação. “Seis meses é o período convencional para que a OIE (Organização Internacional de Sanidade Animal) reconheça o status. E a OIE reconhecendo, o Brasil teria argumentos para sentar e conversar com o governo russo”, afirmou.
Fonte: Paraná OnLine (por Lyrian Saiki), adaptado por Equipe BeefPoint